Estratégia

Com início da propaganda partidária, partidos traçam estratégias para impulsionar presidenciáveis; confira

Começaram a ser veiculadas desde o dia 26 de fevereiro as peças comerciais de propaganda partidária em cadeia nacional de rádio e TV. Extinto na minirreforma eleitoral de 2017, o mecanismo voltou à ativa após o Congresso Nacional aprovar, durante outra minirreforma, esta de 2021, a volta das inserções.

Os comerciais estão sendo exibidos entre 19h30 e 22h30 das terças-feiras, quintas-feiras e sábados, em todo o país, durante intervalos de emissoras de rádio e TV. As datas para cada partido são pré-definidas. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao menos 30% do tempo que cada partido possui deve ser destinado à participação feminina.

Essa propaganda partidária é diferente da propaganda eleitoral. A propaganda eleitoral, com a permissão de pedir o voto, é mais direcionada ao candidato e terá início em agosto, enquanto que a partidária, como o nome diz, é relacionada ao partido.

A finalidade da propaganda partidária é divulgar a ideologia da legenda, os programas e os projetos políticos. Nesse espaço não é possível promover determinado pré-candidato.

E os principais partidos políticos já traçaram estratégias para dar visibilidade aos seus pré-candidatos à presidência da República.

O PDT, por exemplo, utilizou Ciro Gomes, pré-candidato, na veiculação das peças. O partido deseja expor ao máximo a sua imagem. Ao jornal Gazeta do Povo, o presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, afirmou que a intenção é reafirmar a candidatura de Ciro para o eleitorado.

O Podemos, que tem o ex-juiz federal Sergio Moro como pré-candidato terá sua primeira propaganda nacional veiculada apenas em maio. Mas no estado de São Paulo, por exemplo, Moro apareceu para falar do combate à corrupção. Na peça, Moro aparece nos momentos finais após o narrador citar que “ninguém está acima da lei” e que “lugar de político corrupto é na cadeia”.

O MDB, da pré-candidata Simone Tebet, também ainda não teve propaganda nacional veiculada. Mas a senadora pelo Mato Grosso do Sul deverá aparecer nas peças, para falar da participação da mulher na política. Ela é a única pré-candidata mulher até o momento.

O ex-presidente Lula (PT) também deverá ser o garoto propaganda do partido nas inserções. Segundo o Gazeta do Povo, a cúpula do partido ainda não definiu qual será o mote das peças. Elas estão previstas para serem exibidas no fim de março.

O PL, do presidente Jair Bolsonaro, pretende reforçar o número 22, numeração do partido nas urnas. A ideia é que os eleitores mudem a sua memória mental e troquem o 17, como foi em 2018, quando estava filiado ao PSL, pelo 22. As inserções do PL estão previstas apenas para junho.

Já o PSDB, que tem o governador de São Paulo, João Doria, como pré-candidato à presidência, ainda não decidiu se utilizará o governador nas inserções. O partido pretende usar a campanha de vacinação contra a Covid-19 como principal mote para ampliar a visibilidade de Doria.

Fonte: Polêmica Paraíba com Gazeta do Povo
Créditos: Polêmica Paraíba com Gazeta do Povo