O senador Ciro Nogueira (PI), presidente do PP, deve ser nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a Casa Civil, principal ministério do Governo. A mudança foi discutida em uma reunião na terça-feira (20), no Palácio do Planalto, e pode não ser a única. O atual ocupante da pasta, Luiz Eduardo Ramos, deve ser remanejado para outro posto. O debate em curso prevê levá-lo à Secretaria-Geral da Presidência, hoje comandada por Onyx Lorenzoni.
O Planalto também não descarta dar a Onyx uma nova função na Esplanada. Um dos destinos seria um novo ministério, que poderia absorver funções hoje concentradas no Ministério da Economia.
Se confirmada, a ida de Nogueira para a Casa Civil expõe o objetivo de reorganização politica no momento em que Bolsonaro enfrenta seu pior momento, com a CPI da Pandemia trazendo à tona as irregularidades no Governo e, decorrente disso, as maiores taxas de rejeição e de baixa popularidade. Pesquisas internas do governo também apontam o mal momento do presidente.
Segundo a CNN, o próprio Ciro Nogueira já tem dado sinais de insatisfação com o governo, sugerindo, inclusive, que poderia romper a relação de alinhamento político. Com a nomeação, ele finalmente daria um ministério de peso a um senador, um debate antigo dentro do governo, tendo em vista não haver nenhum integrante da Casa no alto escalão da Esplanada. Recentemente, Ciro também deixou a titularidade da CPI.
Além disso, o movimento tenta amenizar problemas recentes com o senador, presidente do principal partido aliado de Bolsonaro. Ciro Nogueira se irritou recentemente com uma autorização do Ministério da Economia de R$ 800 milhões para o Piauí que, por meio da operação de crédito, pretende reforçar o orçamento em infraestrutura, saúde e segurança. O estado governado por Wellington Dias é reduto eleitoral do político do PP, que cogita disputar o Executivo local contra o candidato apoiado por Dias, que não poderá mais tentar a reeleição.
Além disso, Bolsonaro já disse que vetará o fundo eleitoral aprovado pelo Congresso. O anúncio rápido do veto incomodou Arthur Lira, presidente da Câmara e também integrante do Progressistas.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba