O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes (PDT), avaliou, na manhã desta terça-feira (9), a decisão do ministro Edson Fachin que trouxe ao ex-presidente Lula os seus direitos políticos, trazendo, consequentemente, um novo personagem ativo nas conversas de eleição presidencial em 2022. Ciro defendeu a criação de uma chapa com representantes além da esquerda, mas avalia que a inclusão do PT e de Lula nessa chapa não é benéfica.
Em entrevista à rádio CBN, Ciro disse que não vê “futuro” com a inclusão de Lula em uma possível chapa e que essa mesma inclusão poderia fazer com que o lado adversário consiga musculatura eleitoral com a bandeira antipetista, polarizando a disputa, como aconteceu com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018.
“O que eu quero dizer é que o Brasil precisa, diante do problema grave que temos, construir um caminho de futuro e, francamente, não vejo o caminho de futuro ser construído com a volta ao passado lulopetista envelhecido, desgastado e inconfiável, e, pior, que tem a característica de fazer o outro lado se reunir também com base no ódio”, disse.
“Entretanto, para ser muito franco, o comportamento do lulopetismo é parte central do problema, o que volto a dizer, não elimina a possibilidade de diálogo”, continuou.
“Acabei de comemorar a devolução dos direitos políticos do Lula, porque ele tinha direito a isso. A vida inteira lutei, mas, se sob o ponto de vista jurídico ele tem esses direitos, politicamente, ele faz parte grave do problema brasileiro”, completou o ex-ministro.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba