A pré-candidata à Prefeitura de João Pessoa, Cida Ramos, afirmou que a atual administração municipal deixou de investir no turismo da capital paraibana. Em encontro com mais de 60 representantes do setor, a professora defendeu um plano de governo que dê autonomia e força ao turismo da cidade, com planejamento responsável e maior diálogo com o Trade Turístico Paraibano.
Cida Ramos ouviu as demandas dos empresários presentes e destacou a necessidade de ações efetivas, a exemplo da maior autonomia para a Secretaria Municipal de Turismo (SETUR), que segundo a professora atualmente está sem orçamento, sem planejamento e sem diálogo com o Trade Turístico; o funcionamento do Conselho Municipal do Turismo; e a criação de um fundo para o turismo através da destinação de percentual do ISS para divulgar o setor.
“O que os representantes do setor do turismo relatam é a expressão do que ocorre nas áreas da saúde, educação, na mobilidade urbana, na cultura, no esporte. O que eu tenho escutado tem me assustado pelo abandono que está nossa cidade. Eu penso que o turismo faz mediação, é uma área intersetorial e é preciso articular as atividades do turismo com as diversas áreas. Estamos aqui para construir um plano de governo em parceria, pois só sei trabalhar agregando. Nosso plano de governo tem alguns eixos fundamentais e o desenvolvimento turístico é fundamental, pois ele fortalece nossa economia e nossa cultura. Para isso é preciso dialogar com o Trade”, pontuou.
A pré-candidata destacou que a gestão municipal de João Pessoa precisa fazer a interlocução com os demais municípios da região metropolitana no setor turístico e apontou alguns problemas que a capital enfrenta: pouca sinalização turística, o Parque Solon de Lucena com problemas de mobilidade urbana e de estacionamento, que sequer foi projetada área para desembarque de turistas.
“Vemos um total desmonte do nosso turismo. Na barreira do Cabo Branco se gastou R$ 6 milhões em dois projetos de revitalização e nada foi feito. A Estação Ciência tem problemas de acesso e praticamente não funciona à tarde. O Centro Histórico tem problemas de violência e lixo. O Centro Histórico necessita não só de revitalização, mas de ocupação, inclusive funcionando alguns órgãos do poder municipal. Na questão de segurança pública, a Guarda Municipal precisa ter seu papel definido e atuar em sintonia com a Polícia Militar. Enfim, nós precisamos gerar renda e de uma gestão que dialogue com os vários setores”, destacou a professora.
Dirigentes de entidades do Trade Turístico e os vereadores Raoni Mendes, Bruno Farias e Lucas de Brito relataram deficiências e apontaram propostas. O empresário Tadeu Pinto, vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Estado da Paraíba (ABIH-PB), avalia que Cida Ramos transmite segurança, tem uma comunicação efetiva e defende o diálogo para fortalecer a SETUR. “Nós temos o Imposto Sobre Serviço (ISS) que é 5%. A gente só quer 2% que é para divulgação através do Fundo Municipal de Turismo, que seja controlado pela Secretaria de Finanças e se torne efetivo, sendo gerido numa parceria do município com a iniciativa privada”.
O vereador Raoni Mendes afirmou que a presença maciça do Trade Turístico na reunião representa para a pré-candidatura de Cida a certeza de que o turismo não é mais retórica em nossa cidade. “Cida defende o turismo como meio de desenvolvimento econômico, social, de ocupação, emprego e renda, de lazer, mas principalmente de prioridade, com orçamento e atenção devida àqueles que hoje são tratados indignamente pela atual gestão”.
Para o vereador Lucas de Brito é importante que a cidade de João Pessoa assine carta de adesão à Rede Mercocidades. “Com essa carta de adesão a cidade passa a participar dos encontros da rede que envolve centenas de municípios do Mercosul que trocam experiências de políticas públicas, que sediam eventos e vendem seus destinos turísticos”.
O vereador Bruno Farias lembrou que na Europa e nos Estados Unidos, em momentos de crise, é o turismo que salva a economia. “Aqui, o prefeito com a visão tacanha, muito retrógrada, entende que o turismo está a reboque de outras secretarias. Ele não teve a decisão política de eleger o turismo como prioridade, pior que isso, ele relegou o turismo ao quinto plano. Menosprezou essa atividade econômica que se relaciona direta ou indiretamente com 52 cadeias produtivas”, pontuou o vereador.
Fonte: WSCOM