A CGU (Controladoria Geral da União) confirmou nesta sexta-feira feira (17) a existência de uma investigação que envolve a denúncia de uma possível adulteração do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A informação havia sido publicada em reportagem do jornal O Estado de S. Paulo nesta quinta feira (16). Segundo a publicação, a CGU apura a inserção de dados falsos no documento do ex-chefe do Executivo.
O órgão informou que a apuração é sigilosa e não está concluída. Por esse motivo, a CGU disse que “submeteu a matéria à avaliação de sua Consultoria Jurídica para emitir parecer quanto à viabilidade de divulgação da decisão sobre o sigilo relacionado a esse tema, por estar em curso a apuração correcional”.
A Controladoria Geral da União informou que a investigação sobre uma possível modificação no documento de Bolsonaro começou nos últimos dias do governo anterior, ainda em 2022.
No comunicado, o órgão também menciona a decisão desta quinta feira (16), de adiar a quebra de sigilo do cartão de vacina de Bolsonaro, e disse que “em nenhum momento, a CGU informou uma data para a divulgação da decisão sobre a revisão do sigilo envolvendo esse caso”.
A CGU informou que o prazo para julgamento do recurso é até 13 de março de 2023.
O sigilo de 100 anos foi decretado depois de pedido de acesso ao cartão de vacinação de Bolsonaro feito, via LAI (Lei de Acesso à Informação), pelo jornalista Guilherme Amado. A Presidência informou, à época, que o decreto havia sido baixado porque os dados diziam respeito “à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem” do então presidente.
A solicitação de acesso foi feita em razão das diversas vezes em que Bolsonaro disse não ter se vacinado contra a covid-19.
Na nota, a CGU ainda afirmou que sua equipe técnica analisa um total de 234 atos que impuseram sigilo “indevido” a documentos de acesso público na administração federal. Disse que as decisões serão divulgadas “ao longo das próximas semanas”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Poder 360