— O Onyx é a pessoa mais adequada para responder à pergunta de vocês. Ele é a pessoa mais adequada. Pelo que sei, ele não é réu em nada. 100% (de confiança), ninguém. 100% só confio no meu pai e na minha mãe — afirmou Bolsonaro, durante entrevista coletiva no Centro Cultura Banco do Brasil (CCBB) de Brasília, onde a equipe de transição está se reunindo.
No ano passado, Onyx confirmou ter recebido R$ 100 mil da empresa em 2014, não declarados à Justiça Eleitoral, conforme dito por delatores. No entanto, de acordo com o jornal “Folha de São Paulo”, uma planilha entregue à Procuradoria-Geral da República (PGR) indica que ele teria recebido outros R$ 100 mil em 2012, também via caixa dois. Naquele ano, Onyx não disputou a eleição, mas era presidente do DEM no Rio Grande do Sul.
Na manhã desta quarta, o ministro rebateu a acusação em um pronunciamento à imprensa. Sem fazer referência direta ao suposto repasse, classificou a informação como “requentada”, afirmou não conhecer os delatores e disse que o “sistema” tenta envolvê-lo com corrupção.
— Se requenta uma informação do ano passado, dado por alguém que eu não sei quem é. Se passo na rua, não sei quem é. Não conheço, nunca vi. No episódio de 2014, eu reconheci e fiz o que uma pessoa que carrega a verdade consigo deve fazer. Nada temo. Não é a primeira vez que o sistema tenta me envolver com corrupção. Alto lá. Eu sou um combatente contra a corrupção, e essa é a história da minha vida — afirmou.