Cássio por trás de Pamela?
Tenho pensado seriamente em deixar de escrever sobre política, transformar este blog num cantinho de conversas amenas, de trocas de idéias e até mesmo em escolinha de receitas culinárias. A política está muito sebosa e fedendo. As intrigas de bastidores são de arrepiar cabelo de careca. Só quem está dentro sente.
Alguns políticos, que para o público exibem sorrisos inocentes e solidários, agem nos bastidores como pessoas anormais. Na ânsia de alcançar objetivos que satisfaçam suas ambições e vaidades,não medem distância, não respeitam sequer os mais frágeis.
Esse caso mais recente envolvendo a jornalista Pamela Bório, o garoto Henri Lorenzo e o governador Ricardo Coutinho,por exemplo, é algo que deixa o cidadão comum, ao tomar ciência do que está por trás de tudo, assustado.
Uma gravação disponibilizada ao público esta semana revela que a briga não é pela guarda da criança, mas para derrubar um político que alçou vôo de forma legítima, através do voto popular. E não pensem que a protagonista do golpe é a esposa dita abandonada e sem guarda do filho. A gravação diz bem claro que o mentor intelectual do golpe é o senador Cássio Cunha Lima,que não teria engolido a derrota para o governador e estaria movendo céus e terras para se vingar da humilhação pública.
A jornalista Pamela Bório diz na gravação que fazia consultas ao senador sobre a melhor estratégia a adotar para derrubar Coutinho. Ouçam quando ela se refere ao advogado que descartou por sugestão de Cássio, por ele ser sócio de um irmão de Roseana Meira. Isso diz tudo, não deixa margem para dúvidas.
Se não bastar, retorne no tempo e lembre da famosa gravação de suposta briga entre o casal Ricardo e Pamela, divulgada no fervor da campanha. Some-se a tudo isso as postagens feitas em plena campanha pela então esposa do governador detonando sua candidatura e pedindo apoio para o tucano e culmine com a famosa entrevista de uma babá levantando falso contra o governador, e você verá que a trama é feia e semelhante aos piores enredos de filmes policiais.
O senador, é claro, fica caladinho, dando o bote e escondendo as unhas.E no meio do fuzuê, uma criança de apenas quatro anos servindo de instrumento para vinganças de alcova e de dor de cotovelo eleitoral.
Por isso estou pensando em me transformar num autor de receitas culinárias.
Dá mais sabor e fede menos.