O senador Cássio Cunha Lima está tentando convencer a Paraíba de que o movimento em direção a Tasso Jereissati – e conseqüente afastamento de Aécio Neves – não é nada súbito ou surpreendente.
A aproximação Cássio-Tasso seria um reflexo de uma decisão anterior: o de se afastar do governo Michel Temer, com quem o tucano rompeu em maio e chegou, na época, a fazer uma previsão no melhor estilo Mãe Dinah, de que o governo morreria em 15 dias.
Quinze dias antes, ele aparecia em selfie com Temer, tratando-o como ousado, responsável, comprometido com a modernidade do País.
Nunca saberemos porque Temer se transformou, aos olhos de Cássio, de necessário a moribundo.
O pulso de Michel Temer, porém, continuou a pulsar.
Já as condições de temperatura e pressão de Cássio dentro do governo pioraram sensivelmente. Ele perdeu espaço, prestígio, poder.
Fechou portas que aparentemente – e essa aparência era vendida pelo próprio tucano – estavam escancaradas.
Cássio escolheu seu lado no ninho em crise – um instante medonho do PSDB, dividido entre a necessidade de se apartar da impopularidade de Temer para ter alguma chance em 2018 e o fisiologismo que faz dos tucanos tão semelhantes, em suas diferenças, com o PMDB.
Fonte: http://adrianabezerra.com.br/cassio-escolheu-seu-lado-no-ninho/
Créditos: adriana bezerra