Nome preferido do governador eleito de São Paulo, João Doria, para assumir a presidência nacional do PSDB em maio, quando a sigla realizará sua convenção, o deputado federal Bruno Araújo (PE) defende que o partido assuma uma posição mais conservadora nos costumes.
“O PSDB não pode ter o receio de fazer inflexões a pautas mais conservadoras, como, por exemplo, a redução da maioridade penal, que tem apoio da maioria da sociedade e que recebeu votos na Câmara da imensa maioria do partido”, disse Araújo ao Estado.
Doria e Araújo também advogam que o partido vote favoravelmente projetos que Bolsonaro apresente no Congresso e não se opõem aos convites feitos a tucanos para integrar o governo – ao menos quatro assumirão cargos na gestão federal.
Quando questionado sobre a sucessão de Geraldo Alckmin na presidência do PSDB, Araújo desconversa, mas deixa claro quem ele acredita que vai dar as cartas. “Estamos nos primeiros momentos de discussão interna. Temos tempo. Doria é o mais importante protagonista dessa discussão.”
O grupo de Alckmin, porém, tenta construir uma alternativa. O senador Antonio Anastasia (MG) era a primeira opção, mas declinou. A ideia agora é lançar o senador Cássio Cunha Lima (PB) para tentar barrar o avanço de Doria.
Além da convenção, o PSDB realizará também em maio um congresso nacional no qual vai modificar seu estatuto e atualizar seu programa partidário. Essa será a arena de debates que pode rachar o partido.
Fonte: Paraíba Radioblog
Créditos: Thiago Moraes