O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, manteve nas mãos de Edson Fachin o inquérito que investiga repasses ilegais da Odebrecht ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e ao pai dele, César Maia (DEM-RJ), ex-prefeito do Rio de Janeiro e hoje vereador carioca.
Na última semana, Fachin havia acolhido os argumentos da defesa dos dois, e entendido que a ação não tinha relação com a Operação Lava Jato. No entanto, deixou a decisão sobre a escolha do novo relator nas mãos de Cármen Lúcia.
Ambos são apontados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) como suspeitos de receber R$ 950 mil em propina da Odebrecht para irrigar campanhas políticas, em troca de atuação pela aprovação de uma medida provisória com incentivos à indústria química. Eles foram citados por cinco delatores da empresa.
A defesa de Rodrigo Maia argumentou que os fatos em nada estavam relacionados com desvios na Petrobras, alvo principal das investigações da Lava Jato no STF. Fachin acatou os argumentos, remetendo o processo para que a presidente do Supremo, ministra Cármen Lúcia, decida sobre a redistribuição.
Desde que assumiu a relatoria da Lava Jato, Fachin determinou a redistribuição de 74 inquéritos para outros ministros do STF, das mais de 150 investigações oriundas da Operação que já passaram por seu gabinete.
Fonte: Notícias ao Minuto