O resultado das eleições presidenciais no segundo turno, com a vitória de Jair Messias Bolsonaro (PSL) como o 38º presidente do país, deverá trazer transformações na composição do Governo Federal, a começar dos ministérios, mas também nos cargos de primeiro escalão e indicações políticas em entidades federais nos Estados.
Tradicionalmente, alguns partidos se reversaram no comando de órgãos e repartições federais na Paraíba, como MDB, PT, DEM, PTB, PSDB etc, mas pelas recentes declarações do presidente eleito, esse paradigma poderá ser quebrado, pois parte dos cargos comissionados poderá ser extinta e a indicação para esses espaços deverá passar pela supervisão do paraibano Julian Lemos, vice-presidente do PSL e deputado federal eleito.
Alguns dos cargos mais cobiçados do Governo Federal na Paraíba estão em órgãos como a Funasa, o Dnocs, o Núcleo Estadual do Ministério da Saúde, as Gerências Executivas do INSS em João Pessoa e em Campina Grande, além da Superintendência do Ibama, direção estadual dos Correios, CBTU, DNIT e outros órgãos.
Além de Julian Lemos, outros parlamentares paraibanos poderão indicar esses cargos a depender do posicionamento deles no Congresso Nacional. Os deputados Efraim Filho (DEM) e Edna Henrique (PSBD) declararam votos em Bolsonaro, mesmo fazendo parte de outros partidos. Outros parlamentares, como Pedro Cunha Lima e Ruy Carneiro (PSDB) também poderão apoiar o novo presidente e ganhar poder de indicação.
O presidente eleito disse, porém, que deverá adotar critérios diferentes na composição do Governo em relação às gestões petistas e do MDB, a começar dos ministérios e cargos de primeiro escalão. Já o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou que milhares de cargos comissionados deverão ser extintos nas estruturas do Governo Federal.
‘Hoje são quase 30 mil cargos em comissão. Eu propus que sejam extintos 25 mil no primeiro dia, assim como todo e qualquer privilégio, cartão corporativo, acabar tudo. Os números exatos só conheceremos na transição’, afirmou Lonrezoni durante a campanha.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba