Passam os anos, entra eleição, sai eleição e continua o mesmo problema: as candidaturas laranjas. Em 2022, em alguns estados do Brasil, mais uma vez foram registrados candidatos que não receberam nenhum voto, sequer votaram neles mesmos. O que aponta indício de irregularidade, segundo a Organização Transparência Partidária, que fiscaliza os recursos eleitorais.
A palavra laranja define alguém que assume uma função no papel, mas não na pratica. Isso quer dizer que o laranja cede seu nome, com ou sem consentimento, para outra pessoa utilizar. Por isso, o candidato “laranja” é o candidato de fachada, aquele que entra na eleição sem a intenção de concorrer de fato, com objetivos que podem ser irregulares, como desviar dinheiro do fundo eleitoral ou cumprir a cota de mulheres candidatas no partido.
Nesses casos, os candidatos e candidatas laranjas emprestam o nome para concorrer, mas na verdade fazem parte de um esquema com outras pessoas.
De acordo com apuração do Polêmica Paraíba, pelo mesnos 10 mulheres candidatas a deputada federal pela Paraíba tiveram menos de 90 votos, sendo um forte indício de candidaturas laranjas.
VEJA A LISTA DE CANDIDATURAS SOB SUSPEITA
Wilma Santos – AGIR – 3 votos
Iolanda Alves Feitoza – PCO 6 votos (Anulado sub judice)
Elane Agra – AGIR – 22 votos
Nícia Catão – AGIR – 31 votos
Manuela Santana – PMB – 35 votos
Jeniffer Felinto – DC – 46 votos
Camila Delfino – AVANTE – 47 votos
Rose Emanuele – PMB – 56 votos (Anulado sub judice)
Marilia Gomes – PMB – 77 votos
Professora Andréia do Rêgo – AGIR – 89 votos
No caso das 10 candidaturas apresentadas, apenas Jeniffer Felinto (DC) recebeu recursos do fundo eleitoral. Foram R$10.000,00 recebidos e a candidata teve 46 votos registrados. Todas as outras não receberam recursos.
Pela lei, os partidos são obrigados a ter no mínimo 30% de mulheres candidatas. Mas, para cientistas políticos, essas candidaturas podem existir só no papel. Em 2018, houve um aumento no número de candidatas laranjas. A decisão do TSE visa reduzir a desigualdade de gênero na política.
Fonte: polêmica paraíba
Créditos: Polêmica paraíba