eleições 2022

CANDIDATURAS LARANJAS? Na Paraíba, 5 mulheres candidatas a deputada federal tiveram menos de 35 votos - VEJA QUEM SÃO

Passam os anos, entra eleição, sai eleição e continua o mesmo problema: as candidaturas laranjas. Em 2022, em alguns estados do Brasil, mais uma vez foram registrados candidatos que não receberam nenhum voto, sequer votaram neles mesmos. O que aponta indício de irregularidade, segundo a Organização Transparência Partidária, que fiscaliza os recursos eleitorais.

A palavra laranja define alguém que assume uma função no papel, mas não na pratica. Isso quer dizer que o laranja cede seu nome, com ou sem consentimento, para outra pessoa utilizar. Por isso, o candidato “laranja” é o candidato de fachada, aquele que entra na eleição sem a intenção de concorrer de fato, com objetivos que podem ser irregulares, como desviar dinheiro do fundo eleitoral ou cumprir a cota de mulheres candidatas no partido.

Nesses casos, os candidatos e candidatas laranjas emprestam o nome para concorrer, mas na verdade fazem parte de um esquema com outras pessoas.

De acordo com apuração do Polêmica Paraíba, pelo mesnos 10 mulheres candidatas a deputada federal pela Paraíba tiveram menos de 90 votos, sendo um forte indício de candidaturas laranjas.

VEJA A LISTA DE CANDIDATURAS SOB SUSPEITA

Wilma Santos – AGIR – 3 votos

Iolanda Alves Feitoza – PCO 6 votos (Anulado sub judice)

Elane Agra – AGIR – 22 votos

Nícia Catão – AGIR – 31  votos

Manuela Santana – PMB – 35  votos

Jeniffer Felinto –  DC – 46  votos

Camila Delfino – AVANTE – 47  votos

Rose Emanuele – PMB – 56  votos  (Anulado sub judice)

Marilia Gomes – PMB – 77 votos

Professora Andréia do Rêgo – AGIR – 89 votos

No caso das 10 candidaturas apresentadas, apenas Jeniffer Felinto (DC) recebeu recursos do fundo eleitoral. Foram R$10.000,00 recebidos e a candidata teve 46 votos registrados. Todas as outras não receberam recursos.

Pela lei, os partidos são obrigados a ter no mínimo 30% de mulheres candidatas. Mas, para cientistas políticos, essas candidaturas podem existir só no papel. Em 2018, houve um aumento no número de candidatas laranjas. A decisão do TSE visa reduzir a desigualdade de gênero na política.

Fonte: polêmica paraíba
Créditos: Polêmica paraíba