A candidata a prefeita no município de Nova Olinda, Maria das Graças Costa (Republicanos), é suspeita de usar a máquina pública para perseguir e ameaçar eleitores em troca de votos. A ação estaria contando com o apoio da atual vice-prefeita, Maria do Carmo Silva.
Nesse sentido, a oposição da cidade ingressou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral, devido ao suposto abuso de poder político. O grupo solicita ainda, a cassação dos registros de candidaturas da candidata à prefeita e do seu candidato à vice, Valdomiro Lima.
Segundo o advogado Paulo Conserva, a oposição teve acesso a áudios encaminhados em grupos de mensagens. Por meio da plataforma virtual, a vice-prefeita orienta os eleitores a procurarem diretamente ela ou a candidata Maria das Graças quando precisassem de remédios, cirurgias, carros, dentre outros benefícios da máquina pública.
Ainda de acordo com ele, a vice-prefeita, Maria do Carmo, a qual é promotora de justiça aposentada, chegou a dizer que é ela quem manda na cidade, e quem não votar em sua legenda, não irá desfrutar dos direitos.
Finalizando, o advogado relata que, em outro áudio compartilhado pela vice-prefeita, ela cobra pela presença dos servidores do município em atos de campanha.
Por outro lado, populares gravaram vídeos, onde Maria do Carmo aparece sendo expulsa de uma residência na zona rural. No local, ela havia ido cobrar por “fidelidade partidária”, após fornecer recursos financeiros à família. “Vocês comeram meu dinheiro”, disse a vice-prefeita em determinado momento do vídeo.
Cenário judicial
Além disso, a oposição de Nova Olinda ajuizou uma AIJE, afim de apurar os fatos. A ação tramita na 42ª Zona Eleitoral em Itaporanga e pede a cassação do registro de candidatura de Maria das Graças e de seu candidato a vice-prefeito, Valdomiro Lima, por abuso de poder político e econômico, com declaração de inelegibilidade e aplicação de multa. A candidatura de situação, assim como a vice-prefeita, têm cinco dias para se explicar à justiça.
“São fatos graves que precisam ser bastantemente investigados e suficientemente punidos para que isso não aconteça. É o exercício livre do voto que está em cheque com atitudes dessa natureza, de partidos de pessoas que estão no governo e, o que mais choca, de uma pessoa que deveria dar exemplo do cumprimento da lei porque é uma promota de justiça aposentada”, destaca o advogado Paulo Conserva.