O caminhoneiro “Zé Trovão”, que entrou na mira da PF por divulgar vídeos convocando para atos violentos contra o STF, afirmou em seu depoimento à PF que os encontros com políticos de Brasília foram apenas casuais e que não discutiu com autoridades o impeachment de ministros do STF. Zé Trovão prestou depoimento na última sexta-feira e foi um dos alvos de busca e apreensão na última sexta-feira (20/8), após gravar vídeos pedindo “intervenção militar com Bolsonaro no poder” e sugerir a invasão do STF e do Congresso.
Em 9 de agosto, Zé Trovão, Sérgio Reis, o caminhoneiro Marcos Antônio Pereira Gomes e outras pessoas foram à Brasília, onde se encontraram com os ministros Augusto Heleno e Gilson Machado, o assessor da Presidência Mozart Vianna, além dos deputados Nelson Barbudo e Helio Lopes, ambos do PSL.
Zé Trovão afirma que a ida à capital federal era para “organizar o que iria acontecer em Brasília” no movimento que organizam para 7 de setembro e que a ida ao Palácio do Planalto foi para “tratar de assunto afeto à classe dos caminhoneiros”. Zé Trovão diz que não discutiu com as autoridades o impeachment de ministros do STF.
O caminhoneiro também afirmou que não sabe quem financiou sua ida à Brasília nem a hospedagem do grupo no hotel Golden Tulip, mas que os valores foram pagos com doações.
Sobre Sérgio Reis, Zé Trovão afirmou que conheceu o cantor pela internet, mas não soube dizer quando. Zé Trovão ainda afirmou que Carla Zambelli dá apoio ideológico ao movimento, mas que a deputada tem um movimento próprio e que ela é favorável ao impeachment de ministros do STF.
O caminhoneiro também afirmou que monetiza seu canal no YouTube, mas não sabe quanto ganha, porque ainda não vinculou o canal a uma conta bancária.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles