Polêmica

Câmara de Porto Alegre decide revogar o ‘Dia do Patriota’ no 8 de janeiro

Após a repercussão negativa, a Câmara Municipal de Porto Alegre entrou em acordo para a revogação do “Dia Municipal do Patriota”, a ser comemorado em 8 de janeiro, data do ataque à sede dos três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília.

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Após a repercussão negativa, a Câmara Municipal de Porto Alegre entrou em acordo para a revogação do “Dia Municipal do Patriota”, a ser comemorado em 8 de janeiro, data do ataque à sede dos três Poderes por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Brasília.

O presidente da Câmara Municipal, Hamilton Sossmeier (PTB), comunicou que o projeto será revogado em plenário em sessão extraordinária na terça-feira (29) ou na quarta-feira (30). É preciso ao menos duas sessões para que o projeto passe pelas comissões legislativas, o que pode ser feito em conjunto, e então seja apreciada em plenário.

“Chegamos a um acordo, com a união dos vereadores, independente de partidos e questões ideológicas, para que a lei seja revogada o mais breve possível através da aprovação do projeto de revogação já existente na Casa”, disse o vereador.

O projeto de revogação em questão foi protocolado na sexta-feira (25) pela vereadora Karen Santos (PSOL), mas foi acordado que todos os vereadores passarão a assinar coletivamente a revogação do projeto para ele então ser apreciado em plenário.

A lei foi proposta em 15 de março pelo então vereador Alexandre Bobadra (PL) e promulgada pelo presidente da Câmara em 10 de julho. O projeto foi um dos 166 protocolados por Bobadra, a maioria estabelecendo datas comemorativas no calendário municipal por meio de PLLs (projetos de lei do Legislativo), que não tramitam em plenário.

Após passar por duas comissões, o prefeito Sebastião Melo (MDB) não se manifestou no período legal pela sanção ou pelo veto, tornando a aprovação da lei compulsória. Bobadra perdeu o mandato em 15 de agosto ao ser cassado pela Justiça Eleitoral por uso abusivo do fundo eleitoral em benefício próprio.

Fonte: Jornal de Brasília
Créditos: Polêmica Paraíba