O ministro da Defesa, general Walter Braga Netto, afirmou em nota divulgada na sexta-feira (8/5), em referência ao “Dia da Vitória”, que a “cobra fumou” e, se necessário, “fumará novamente”. O integrante do governo de Jair Bolsonaro comentou a participação militar do Brasil na 2ª Guerra Mundial.
“O conflito cobrou um alto custo do Brasil: 3 navios de guerra foram perdidos e 33 navios foram atacados, causando mais de 1.450 mortes no mar; 22 aviões abatidos e cerca de 500 brasileiros tombaram em combate na Europa. Hoje retratamos a vitória dos valores da democracia, da justiça e da liberdade. A história se sucede de fatos e de ensinamentos”, diz o texto.
O general emendou que “não há bem mais importante ou patrimônio material que equivalha à nossa liberdade, à nossa soberania, aos nossos valores patrióticos e à fé em nossa democracia”.
Também assinam o documento os comandantes do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, e da Força Aérea, tenente-brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Jr.
“A cobra vai fumar”
O então presidente Getúlio Vargas, à época comandando a ditadura do Estado Novo, adotava uma posição ambígua até o início da Guerra, flertando ora com os Estados Unidos e ora com a Alemanha de Adolf Hitler e com a Itália de Benito Mussolini.
Em 1944, após sofrer pressão dos EUA e conseguir extrair benefícios, Getúlio enviou a Força Expedicionária Brasileira (FEB) para lutar na Europa ao lado das forças aliadas. As principais eram os EUA e Reino Unido pelo front ocidental e a União Soviética no oriental.
A opinião popular dizia que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra. Quando as tropas brasileiras foram enviadas à Itália, a cobra fumou. E a expressão “a cobra vai fumar” entrou para o vocabulário brasileiro.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles