eleições 2018

Boulos propõe maior controle da população sobre os gastos do governo por meio de aplicativos

O candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou nesta quarta-feira (29) em São Paulo que, se eleito, pretende criar maiores mecanismos de controle da população

Boulos propõe maior controle da população sobre os gastos do governo por meio de aplicativos

O candidato à Presidência da República pelo PSOL, Guilherme Boulos, afirmou nesta quarta-feira (29) em São Paulo que, se eleito, pretende criar maiores mecanismos de controle da população sobre os gastos públicos, entre eles estariam plebiscitos, referendos e consultas populares por aplicativos.

Segundo ele, se isso tivesse ocorrido no caso da proposta de emenda constitucional que limitou os gastos públicos por 20 anos, “com certeza a população na teria aprovado a redução dos investimentos em saúde e educação”.
Boulos conversou com a imprensa em Pinheiros, na Zona Oeste de São Paulo, depois de um encontro com representantes da ONG Transparência Internacional de combate à corrupção.

“Vamos fazer mecanismos de maior participação da população no controle para também Impedir qualquer tipo de financiamento privado das campanhas. A gente sabe muito bem como funciona no Brasil. Empresários, banqueiros, agronegócios, empreiteiras, financiam campanhas eleitorais e quem entra lá atende o interesse de quem pagou, não de quem votou”, afirmou o candidato.

“Quem paga a banda escolhe a musica, é assim que funciona. A nossa campanha não tem financiamento de nenhum deles, o que não nos deixa de rabo preso e nos dá condições de de enfrentar a apropriação do interesse público pelos negócios”, disse Boulos.

“O financiamento de empresários de grandes campanhas eleitorais capturam, sequestram, o poder político. Se a empreiteira financia o candidato, isso não é doação, é investimento que depois ele recebe com juros e correção em licitação e temos que acabar com isso e estes privilégios ampliando o controle da população. O caminho é o controle das pessoas. Os ratos se crescem, quando o povo não está vendo. Vamos criar mecanismos como plebiscitos e referendos, um sistema de democracia direta, para que a população possa participar das grandes decisões do país. Chamamos isso de democracia 5.0”, acrescentou o candidato.

“A partir do celular, criar aplicativos de consultora popular e de controle social para os negócios públicos ficarem mais transparentes”, defendeu.

Bruno Brandão, diretor-executivo do Transparência Internacional no Brasil, afirmou que as mesmas propostas entregues a Boulos foram apresentadas também a outros candidatos. “Esta campanha é para fomentar um debate de que importam propostas e não acusações e nós trouxemos ao candidato propostas concretas que foram construídas pela comunidade, 70 medidas, que ele possa reforçar suas propostas”, disse.

Fonte: G1
Créditos: G1