Quando a maioria do povo brasileiro foi às ruas e às urnas, deixando claro que gostaria de ver uma mudança radical no Brasil, apoiou a ascensão de Jair Bolsonaro a Presidente da República e escolheu por um caminho que pudesse deixar claro a classe política que queria uma mudança radical.
Claro que o que Bolsonaro tinha e tem a oferecer era e é muito pouco, intelectualmente falando, mas se esperava que o presidente que foi eleito, pudesse ter uma postura de enfrentar de forma aberta esses políticos aproveitadores que sugam o Brasil, ou pudesse implementar as mudanças que estamos precisando, negociando com essa raça, mas com o mínimo de corrupção e barganhas possíveis.
Acontece que Jair Bolsonaro não faz nem uma coisa, nem outra.
Nem o Presidente radicaliza e vai para o conflito aberto com a classe política, mostrando as vísceras do país, nem tem a capacidade ou o discernimento para deixar quem sabe fazer essas negociações, tomar as rédeas de toda a situação.
O quadro técnico de ministros é bom, o Brasil tem um vice-presidente preparadíssimo, mas o governo federal se transformou numa máquina de gerar fatos negativos e/ou conflitos desnecessários.
Ao contrário de todas as perspectivas, assistimos a um Presidente truculento, falando um monte de coisas, no mínimo, desnecessárias, cercando por uma família que parece estar fora de controle, correndo o risco de perder a qualquer momento nomes técnicos como Paulo Guedes e Sérgio Moro.
O que ainda alivia e tranquiliza os eleitores do “MITO” é que ele tem um vice-presidente que parece estar preparado para assumir, na possível vacância.
Se Bolsonaro renunciar agora, ainda dá tempo de Mourão assumir e deixar a banda boa deste governo trabalhar e fazer o país avançar.
Bolsonaro renunciando, estaria prestando um grande serviço ao país e entraria para a história do Brasil como dono de um gesto nobilíssimo e único.
A renúncia do presidente Jair Bolsonaro não é vergonha. É um ato de coragem, desprendimento e respeito ao povo brasileiro. Afinal, ninguém quer ver a continuação desse travamento do mercado, desemprego, ausência de investimento e investidores, déficits e o fantasma da inflação que já está sobrevoando o país.
Chega de raiva, rancor, declarações vazias e intromissões familiares. O Presidente tem que ouvir o povo e focar em nossos problemas, que são gigantescos. Isso não é uma brincadeira. Já deu!!
Precisamos “URGENTEMENTE” parar para discutir o que é verdadeiramente relevante, tomando as providências daquilo que é mesmo essencial e necessário.
Fonte: Milton Figueiredo
Créditos: Milton Figueiredo