O deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) disse nesta quinta-feira que não se arrepende das declarações dirigidas à deputada Maria do Rosário (PT-RS) e reiterou o argumento de que estava apenas se defendendo, pois, segundo ele, a parlamentar gaúcha o chamou de estuprador em um episódio ocorrido há 11 anos. Bolsonaro também afirmou que sua palavra é uma “arma” na Câmara e que ele é “uma pessoa que importuna” para chamar a atenção.
“Minha arma aqui na Câmara é minha palavra. Você tem que chamar atenção. Se não chamar, ninguém vai assistir você. Sou uma pessoa que importuno”, declarou o parlamentar carioca em entrevista à Rádio Gaúcha. “Vocês vão ver agora quando recebermos o relatório da Comissão Nacional da Verdade, vou fazer o uso da palavra. Vocês vão ver, vão me acusar de tumultuar a sessão. Mas talvez eu seja o único a ter coragem de falar a verdade nessa história”, disse Bolsonaro.
Em discurso no plenário da Câmara na última terça-feira, Jair Bolsonaro afirmou que só não estupraria Maria do Rosário porque ela “não merece”. A deputada respondeu e disse que foi “agredida como mulher, parlamentar e mãe” e prometeu que vai processá-lo.