reforma da Previdência 

Bolsonaro diz que aprovar idade mínima de servidor este ano é 'grande passo'

"Queremos dar um passo, por menor que seja, mas dar um passo na reforma da Previdência, que é necessária", disse

BRA05. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 23/10/2018.- Fotografía de archivo del jueves 11 de octubre de 2018, muestra al candidato ultraderechista del partido PSL a la presidencia de Brasil, Jair Bolsonaro, durante una rueda de prensa en Río de Janeiro (Brasil). Bolsonaro un capitán de la reserva del Ejército con guiños autoritarios, llega como favorito el domingo a la segunda vuelta de las elecciones presidenciales en Brasil tras una campaña realizada mayoritariamente en las redes sociales y en medio a un país polarizado. EFE/Marcelo Sayão/ARCHIVO
BRA05. RÍO DE JANEIRO (BRASIL), 23/10/2018.- Fotografía de archivo del jueves 11 de octubre de 2018, muestra al candidato ultraderechista del partido PSL a la presidencia de Brasil, Jair Bolsonaro, durante una rueda de prensa en Río de Janeiro (Brasil). Bolsonaro un capitán de la reserva del Ejército con guiños autoritarios, llega como favorito el domingo a la segunda vuelta de las elecciones presidenciales en Brasil tras una campaña realizada mayoritariamente en las redes sociales y en medio a un país polarizado. EFE/Marcelo Sayão/ARCHIVO

O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse em entrevista à TV Aparecida que irá trabalhar para aprovar “alguma coisa” da reforma da Previdência ainda este ano, apesar do “desânimo em Brasília”. O presidente citou a fixação da idade mínima para servidores públicos como um desses pontos.

“Queremos dar um passo, por menor que seja, mas dar um passo na reforma da Previdência, que é necessária”, disse. A conversa foi exibida na tarde desta segunda (5). Bolsonaro concedeu a entrevista na última quinta-feira (1º).

Na entrevista, o presidente eleito citou idades mínimas para servidores diferentes da do projeto, em 56 anos para as mulheres e 61 anos para os homens. Hoje, o servidor se aposenta a partir dos 60 anos e a servidora aos 55.

“O grande passo no meu entender, neste ano, se for possível, passar para 61 anos no serviço público para homem e 56 para mulher e majorar também um ano nas demais carreiras. Acredito que seja um bom começo para a gente entrar o ano que vem já tendo algo de concreto para nos ajudar na economia”, disse.

​​Tramita na Câmara dos Deputados uma proposta do governo Michel Temer para a reforma da Previdência. O projeto prevê a fixação da idade tanto para trabalhadores do serviço privado quanto do serviço público. Para a aposentadoria, a idade seria de 62 anos para mulheres e 65 para homens.

O aumento da idade é progressivo, sendo fixado em 2032 para todos os servidores, caso seja aprovada neste ano. No projeto que está na Câmara, também há a progressão da idade mínima para a iniciativa privada, chegando em 2036 para as mulheres e 2038 para os homens.

Bolsonaro tem um encontro marcado na terça (6) com o presidente Michel Temer, que defende a aprovação da reforma ainda esse ano.

Apesar de defender a fixação da idade para o funcionalismo, Bolsonaro disse que ela pode variar a depender da atividade exercida pelo trabalhador.

“Fala-se muito em 65 anos. Mas você não pode generalizar isso daí. Tem certas atividades que nem aos 60 é compatível a aposentadoria. Nós devemos manter essas questões. Você vê a expectativa de vida do policial militar no Rio de Janeiro, não tenho o valor exato aqui, mas está abaixo de 60 anos. Então, não é justo botar lá em cima isso daí”, disse.

Divergência

A equipe econômica de Bolsonaro defende o sistema de capitalização da Previdência, que cria contas individuais para os trabalhadores para que cada um custeie sua aposentadoria no futuro.

A proposta capitaneada pelo economista Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, que foi enviada a equipe do presidente eleito, propõe uma revolução no sistema previdenciário.

Entre as medidas listadas estão a criação de uma renda mínima para idosos —benefício universal sem limite de contribuição ou comprovação de renda; a instituição da Previdência dos Militares; a criação de fundos de pensões nos estados, com a retirada do gasto com inativos da folha de pagamento estadual; além da previsão de equiparação das previdências pública e privada em pouco mais de uma década.

 

Fonte: Folha de S. Paulo
Créditos: Folha de S.Paulo