A pastora e advogada Damares Alves foi confirmada na chefia do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos. O anúncio foi feito pelo ministro extraordinário e coordenador da equipe de transição do governo, Onyx Lorenzoni, na tarde desta quinta-feira, 6. A pasta, ainda segundo o ministro, deve ficar responsável pela Fundação Nacional do Índio (Funai).
O convite de Bolsonaro à pastora, na semana passada, gerou atrito com a bancada evangélica. Damares foi assessora do senador Magno Malta (PSC-ES), um dos políticos mais próximos do presidente eleito, Jair Bolsonaro, durante a campanha. Malta não conseguiu se reeleger e não foi chamado para compor o primeiro escalão do novo governo.
Nesta quarta-feira, 5, Bolsonaro disse que as portas “estão abertas” para o senador, mas que não seria “adequado” colocá-lo à frente de um ministério. Malta respondeu horas depois, dizendo que seu compromisso com o presidente eleito foi até o fim do segundo turno, e tentou minimizar qualquer sentimento de frustração.
O anúncio de Lorenzoni também põe fim à disputa sobre o futuro da Funai. Atualmente sob responsabilidade do Ministério da Justiça, a fundação havia sido alvo de especulações desde os primeiros dias após a vitória eleitoral de Bolsonaro.
A equipe de transição chegou a dizer que o órgão poderia ser repassado ao Ministério da Agricultura. O anúncio causou reação de funcionários da Funai, que enviaram uma carta ao futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, pedindo que a autarquia permanecesse sob sua responsabilidade.
Fonte: Estadão
Créditos: O Estado de São Paulo