O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) prestou, nesta terça-feira, (16), depoimento de três horas e meia de duração na sede da Polícia Federal, em Brasília. O inquérito apura um suposto esquema de adulteração de cartões de vacinação contra a covid-19, que teria beneficiado a ele próprio além da filha, Laura Bolsonaro, e do ex-ajudante de ordens, Mauro Cid e membros da família dele.
De acordo com o portal Terra, Bolsonaro disse que não determinou e não soube da inserção de dados falsos sobre a vacinação contra a covid-19 nos sistemas da Saúde. Ao todo, o depoimento tem 12 páginas.
As atenções agora se voltam para o depoimento do ex-judante de ordens de Bolsonar, Mauro Cid, que deve prestar depoimento na quarta-feira, 17.
O que a PF investiga?
A PF investiga se Bolsonaro tinha conhecimento do esquema e se partiu dele a ordem de acesso ao sistema do Ministério da Saúde, onde os dados sobre a vacinação contra a covid-19 foram inseridos e depois retirados.
No dia 3 de maio, a Polícia Federal realizou buscas na casa do ex-presidente, em Brasília, para encontrar evidências do envolvimento de Bolsonaro no esquema. O celular dele foi apreendido pelas autoridades. No mesmo dia, ele falou à imprensa e afirmou que não se vacinou contra a covid-19, e que os cartões de vacinação dele e da filha não foram adulterados. Ele se negou a depor à PF no dia da operação alegando que sua defesa precisava ter acesso à investigação, por isso, o depoimento foi marcado para esta terça-feira.
Prisões
Durante a operação deflagrada pela Polícia Federal, seis suspeitos de envolvimento no esquema de fraudes foram presos. Entre eles, o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. Cid teria inserido informações falsas no ConecteSUS para conseguir vantagens ilícitas e emitir certificados falsos de vacinação contra a covid-19 para ele, a esposa e as três filhas.
Os dados de vacinação do ex-presidente foram incluídos no sistema do Ministério da Saúde em Duque de Caxias, mesma cidade onde Cid teria conseguido o cartão de vacinação da esposa, segundo a PF.
Uma enfermeira da prefeitura de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, confirmou à Polícia Federal que emprestou a senha para o secretário municipal de Governo de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha, apagar os registros de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro. Brecha também foi preso durante a operação de 3 de maio.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Terra