O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse nesta quarta-feira, 27, que, “se Deus quiser”, vai influenciar a eleição para a presidência da Câmara”.
“Viemos fazer uma reunião aí com 30 parlamentares do PSL e vamos, se Deus quiser, participar, influir na presidência da Câmara, com estes parlamentares, de modo que possamos ter um relacionamento pacífico e produtivo para o nosso Brasil”, disse Bolsonaro após participar de um café da manhã com parlamentares de seu antigo partido.
A declaração foi dada quando ele falou para a live da deputada Carla Zambelli (PSL-SP) e aparece na transmissão de um canal bolsonarista que transmite interações do presidente com apoiadores, no jardim do Palácio da Alvorada.
Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) telefonou nesta terça-feira, 26, para o ministro Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e reclamou do que considera uma interferência do Palácio do Planalto em seu partido.
Hoje há o risco concreto para Maia de o DEM migrar para a candidatura de Arthur Lira (PP-AL) na diputa pela presidência da Casa. O atual comandante da Câmara, no entanto, articulou e apoia o nome de Baleia Rossi (MDB-SP). A eleição está prevista para o dia 1º de fevereiro.
Segundo relatos por congressistas governistas, em uma conversa exaltada, Maia disse ao general Ramos que estava incomodado com o movimento do governo federal para gerar defecções no DEM. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e Maia são rivais.
Maia ressaltou ainda que não aceitava interferência em uma disputa legislativa e salientou que as investidas do governo Bolsonaro sobre deputados federais precisavam ter um fim.
Como resposta, de acordo com um assessor do governo, Ramos negou que o Palácio do Planalto tenha interferido no DEM. Ele disse ao deputado que o Poder Executivo tem mantido distância da disputa à sucessão de Maia, já que Lira tem coordenado sua própria campanha.
O ministro tem afirmado a congressistas que tem pedido votos apenas para a eleição do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) à sucessão de Davi Alcolumbre (DEM-AP) na Casa vizinha.
Fonte: Folha de São Paulo
Créditos: Polêmica Paraíba