Bolsonarista de carteirinha, Alexandre Garcia confronta 'cala boca' de Bolsonaro dito à repórter: "Muito grave"

O jornalista da CNN Brasil, Alexandre Garcia, disse que é dever de todo repórter fazer “perguntas inconvenientes”. A fala foi ao ar no quadro “Liberdade de Opinião”, da emissora em questão, onde ele argumentou a respeito do “cala a boca” proferido por Jair Bolsonaro (sem partido) a uma jornalista da Globo .

Perguntado a respeito do que achava da explosão do presidente no momento em que a profissional o indagava sobre a falta do uso de máscara em evento em Guaratinguetá, no interior de SP, Garcia afirmou que esse é o trabalho da imprensa.

“Nós jornalistas temos que fazer as perguntas inconvenientes às autoridades. Temos que saber aquilo que elas não querem responder, aquilo que não deixa uma autoridade satisfeita em responder. Fazer a pergunta que ela não gostaria de ouvir ”, disse.

“Tudo isso aconteceu no Dia da Mídia. Bolsonaro foi lá para [falar com a imprensa], mas não gostou quando perguntaram das mortes. Depois, perguntaram do capacete e veio a pergunta da máscara, aí ele explodiu ”, relembrou.

Segundo ele, o episódio precisa deixar lições e todas as partes olhar para dentro, o sentido que aconteceu e refletir sobre o tema.

Garcia, porém, disse que o momento mais delicado foi o “cala a boca” dito pelo governante. Na visão dele, esse foi o momento mais grave de toda essa confusão.

“Deu dois ‘cala a boca’, isso eu acho o mais grave. É muito pesado. Acho que nunca mandei alguém calar a boca porque é muito forte ”, concluiu o jornalista.