eleições 2022

Bancada do PSB quer federação com PT em torno de Lula

Esse movimento isolaria o pré-candidato Ciro Gomes (PDT).

Bancada do PSB quer federação com PT em torno de Lula

Deputados federais do PSB informaram ontem ao presidente do partido, Carlos Siqueira, que são amplamente favoráveis a criar uma federação com o PT e outros partidos de esquerda, como PCdoB, PV, Psol e Rede, numa aliança contra a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) em torno da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

PSB quer federação com PT e Lula

Esse movimento isolaria o pré-candidato Ciro Gomes (PDT).

De 30 deputados, 25 foram ao almoço e apenas um se manifestou contra a aliança, que obrigaria a montagem de chapas conjuntas em todos os Estados do país.

Reunião não era deliberativa porque a decisão não é da bancada, mas, com essa informação, Siqueira ficou de convocar os presidentes dos diretórios estaduais e depois o diretório nacional para decidir.

Ainda não está claro quais partidos estarão nessa federação porque depende da negociação com as outras siglas, mas a maioria dos deputados deseja que a aliança vá além das legendas menores e junte também os petistas.

“O ponto chave é que o indicativo da bancada foi aprovado com a inclusão do PT”, afirmou o líder do PSB na Câmara, deputado Danilo Cabral (PE), segundo o jornal.

Parte da cúpula do PSB teme que, por ser um partido hegemônico, o PT possa ditar as regras e os rumos da federação, mas Cabral minimiza esse risco dizendo que a regulamentação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) está sinalizando que os partidos terão autonomia, podendo manter inclusive o número próprio.

No encontro, a maioria dos críticos à federação se ausentou e apenas o deputado Heitor Schuch (PSB-RS) se posicionou contra à inclusão do PT. Ele alegou que há divergências sólidas com o partido no Rio Grande do Sul e que, nos últimos anos, foi bastante crítico às posturas dos petistas.

Outros deputados também alegaram divergências grandes nos Estados, mas ponderaram que, diante da conjuntura, não se posicionariam contra.

O motivo é o fim das coligações, que obrigará cada legenda a lançar sozinha as chapas na eleição de deputado e põe em risco a reeleição de vários deles.

Do lado do PCdoB, pesa também a cláusula de desempenho, que ameaça deixar o partido sem fundo partidário e propaganda na TV e rádio caso não atinja o número mínimo de votos em 2022.

Fonte: Diário do Centro do Mundo
Créditos: Diário do Centro do Mundo