O avião em que estava o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, que seguia para o Pará, sofreu uma pane na noite desta quinta-feira, 23, e precisou voltar para Brasília. A aeronave era da Força Aérea Brasileira (FAB), que informou que foi feito o retorno à capital por “precaução”.
O voo aconteceu logo após segundo dia de julgamento na Corte para decidir sobre a validade da delação da JBS e confirmar o ministro Edson Fachin na relatoria do caso. Segundo a FAB, a aeronave VU-35 (Learjet 35) saiu de Brasília às 18h45 e, “no decorrer do voo, apresentou uma falha técnica”. Ainda não há informações sobre o que pode ter causado o problema.
A Força Aérea informou, ainda, que “em nenhum momento a segurança dos passageiros foi comprometida” e que o pouso de volta à Brasília aconteceu às 19h45. Os pilotos fizeram os procedimentos previstos nos manuais técnicos e como se tratava de um voo à noite e com passageiros a bordo “os requisitos de segurança são mais elevados e, portanto, decidiram retornar à Capital Federal”, diz a nota da FAB.
O ministro viajava à Belém para visitar o Tribunal Região Eleitoral (TRE) do Pará, segundo informou o TSE. A previsão era que Gilmar voltasse na tarde desta sexta-feira a Brasília, mas, após o problema na aeronave, a visita foi cancelada.
Durante o julgamento, Gilmar chegou a trocar farpas com o ministro Luís Roberto Barroso sobre a delação premiada da JBS. A discussão entre os integrantes da Corte girou em torno do impacto de uma eventual invalidação de uma gravação ambiental no acordo de colaboração premiada já firmado.
Como antecipou a colunista Vera Magalhães, Gilmar deve seguir o voto dos outros ministros pela permaência de Fachin como relator, porém fará ressalvas a acordos de colaboração premiada.
Fonte: Estadão