O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em entrevista após evento em Alcântra, no Maranhão, nesta quinta-feira, 11, que o auxílio emergencial deverá retornar em março e durar entre três e quatro meses.
O chefe do Executivo voltou a falar que o benefício é “emergencial” e é um “endividamento enorme” para o país.
Em 2020, o auxílio emergencial socorreu 68 milhões de cidadãos diretamente, totalizando um gasto público sem precedentes de mais R$ 300 bilhões em pagamentos.
“Está quase certo, não sabemos o valor. Com toda a certeza, a partir de… pode não ser, né, a partir de março, três, quatro meses, é o que está sendo acertado com o Executivo e com o Parlamento também, porque temos que ter responsabilidade fiscal”, disse.
O auxílio chegou a ser de R$ 600 (o dobro para mulheres que têm filhos), gerando um custo de R$ 300 bilhões aos cofres públicos em 2020.
Bolsonaro destacou que foram destinados R$ 13 bilhões só para o estado do Maranhão. “Isso porque nós entendíamos, com o Parlamento, que havia a necessidade de socorrê-los. Porque, com a pandemia, houve muito fechamento de postos de trabalho, e vocês necessitavam de algo para ajudar na sobrevivência”, ressaltou.
Na quarta-feira, 10, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que é preciso responsabilidade fiscal diante da pressão por um novo auxílio emergencial.
A classe política pressiona o governo a retomar o pagamento. A principal proposta aventada é o pagamento de três parcelas de R$ 200, a serem concedidas apenas aos trabalhadores informais que não recebem o Bolsa Família.
A ideia é que sejam beneficiados apenas os brasileiros que participarem de curso de qualificação profissional. O programa está orçado em R$ 6 bilhões e ainda não tem previsão de quando deve entrar em vigor.
Já na manhã desta quinta-feira, 11, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse que espera de Paulo Guedes uma solução imediata para bancar a criação de um novo auxílio emergencial para pessoas mais necessitadas durante a pandemia do coronavírus.
“É importante que mantenhamos o ritmo. Instalamos a CMO (Comissão Mista de Orçamento), já mandamos a reforma administrativa para a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), aprovamos a autonomia do Banco Central, que é muito importante para segurança monetária. Estamos fazendo a nossa parte”, apontou o parlamentar.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba