O Movimento Brasil Livre (MBL), o Vem Pra Rua (VPR) e outros movimentos que lideraram manifestações do impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff preparam nesta terça-feira (03), atos em mais de 100 cidades e 20 Estados do Pais em defesa da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dia antes da Corte analisar em Plenário o mérito do habeas corpus impetrado pela defesa do líder petista.
O VPR informou que também organizou protestos em ao menos quatro cidades fora do País: em Boston (EUA), na praça da Universidade de Harvard; em Santiago, na frente da embaixada do Brasil; e na entrada dos consulados brasileiros em Londres e Roma.
O MBL organizará manifestações em pelo menos 80 cidades, enquanto o VPR já confirmou 101. No início da tarde desta segunda-feira, o MBL promoveu entre as avenidas Juscelino Kubistchek e Faria Lima um ato para divulgar os protestos de amanhã na cidade de São Paulo. A avenida Paulista será o palco principal da mobilização.
A manifestação do Movimento Brasil Livre na capital paulista contará com um carro de som doado pela startup “Levante”. Além disso, o MBL arrecadou mais de R$ 14 mil em uma “vaquinha” online para custear os protestos. O número é superior ao da meta estabelecida inicialmente, de R$ 11 mil.
Na quarta-feira, o MBL também deve promover uma manifestação em frente ao prédio do STF, em Brasília. O VPR informou que pretende mobilizar protestos apenas nas redes sociais no dia do julgamento.
A análise do habeas corpus é decisiva para o futuro de Lula. Condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Lula já teve seus recursos negados na segunda instância da Justiça Federal e também não teve sucesso no HC enviado ao Superior Tribunal de Justiça. Atualmente, a liberdade do ex-presidente é garantida por um salvo-conduto concedido pelos ministros do Supremo.
O líder do MBL, Kim Kataguiri, afirmou ao Estado que o movimento tem uma expectativa positiva do julgamento na quarta-feira (04). Para ele, o voto decisivo, a favor da prisão de Lula, deve ser da ministra Rosa Weber.
Fonte: Estadão
Créditos: Estadão