A Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou, nesta terça feira (06), Sessão Especial para debater sobre os problemas enfrentados pelos taxistas que atuam na Região Metropolitana de João Pessoa. A propositura foi do deputado Zé Paulo e tem o objetivo de buscar uma solução legal para os constantes conflitos entre os profissionais e sindicatos, que atuam constantemente nos municípios vizinhos aos de origem da praça.
O deputado Zé Paulo afirmou que o principal objetivo do debate foi estabelecer o entendimento de profissionais de uma mesma categoria, que estão sofrendo por conta das diferentes posturas das autoridades de cada município. “O que nos deixa tristes e constrangidos é que a Semob, que é o um dos principais interessados na questão, simplesmente se omite e não comparece a discussão, alegando que tem outros compromissos”, criticou o parlamentar.
O representante dos taxistas do município de Bayeux, Evandro Oliveira, alega que os profissionais que atuam em praças de fora da capital estão sendo perseguidos pelos colegas nas ruas João Pessoa, além de sofrerem perseguições e abordagens agressivas realizadas pelos agentes da Semob. “Não estamos aqui para tentar invadir a área de ninguém. Apenas queremos ser respeitados e ter a garantia dos nossos direitos profissionais e pessoais. A forma como estão fazendo as abordagens e aplicando as multas é totalmente arbitrária”, denunciou.
Por outro lado, os motoristas que trabalham em João Pessoa reclamam que nem todos os taxistas das cidades vizinhas têm uma conduta correta e por isso acabam ocupando espaços impróprios e praticando diversas irregularidades. “O grande problema é que muitos municípios acabam concedendo licenças acima do que a cidade comporta. Isso faz com que os profissionais acabem buscando espaço e clientes em outras cidades onde a demanda é maior. Nós apenas queremos que isso seja solucionado rapidamente”, reclamou o taxista Alain Delon.
Já o comandante do BPTran-PB, coronel Almeida Martins, pediu a compreensão dos trabalhadores e alertou para as condutas ilegais que estão sendo cometidas por ambas as partes. “Cada um precisa saber como deve se portar nessa questão em debate, mas só quem tem o direito e o dever de realizar abordagens é a polícia e as autoridades competentes”, acrescentou o coronel.
O deputado João Bosco Carneiro também participou da reunião e defendeu a união da categoria, em busca de uma solução positiva para ambos os lados. “Não podemos é seguir assistindo esse impasse, onde companheiros de uma mesma classe acabaram entrando em conflito por questões que podem ser solucionadas com o devido bom senso. Nós precisamos consultar as resoluções dos órgãos de trânsito, as leis orgânicas dos municípios e a Constituição Estadual para encontrar um denominador comum”, arrematou o deputado.