Assembleia Legislativa da Paraíba cria Frente Parlamentar em Defesa da Vaquejada

O deputado destacou que a vaquejada é uma tradição nordestina que gera emprego, renda e movimenta a economia da Região. “Gera acima de tudo desenvolvimento”, avaliou. João Gonçalves acrescentou que a Frente Parlamentar deve ser composta por aproximadamente sete parlamentares.

“Vamos dar oportunidade para o contraditório, mas acima de tudo preservando a cultura nordestina”, frisou. Ele afirmou que um manifesto deve ser enviado com urgência ao Congresso Nacional. “Quem é parlamentar não pode ter medo de tomar um posicionamento. Maus tratos aos animais precisam ser proibidos e vamos discutir isso na Frente”

Na manhã desta terça-feira, um grupo de defensores da Vaquejada realizou um protesto na Praça da Independência, em João Pessoa, contra a decisão do STF. Eles seguiram até a Assembleia Legislativa, onde foram recebidos pelos parlamentares.

Defensor da realização de vaquejadas, Robson Travassos, do Parque Haras RT, em Guarabira, parabenizou o deputado João Gonçalves pela iniciativa e destacou o impacto negativo que a decisão do STF causará na economia nordestina. “Mexe com 600 mil empregos diretos e indiretos no Nordeste. É mais uma vez uma atitude preconceituosa contra nossa região”, disse Robson.

Deputado apresenta pedido para instalação da Frente Parlamentar em defesa da vaquejada na Paraíba

O deputado estadual João Gonçalves (PSD) anunciou, nesta terça-feira (11), a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Vaquejada na Paraíba. A decisão acontece no mesmo dia em que um grupo de vaqueiros realizou um ato público para protestar contra a medida do Supremo Tribunal Federal para extinguir a prática em todo o país. Pelo menos 15 deputados da Assembleia Legislativa da Paraíba já assinaram o pedido.

Segundo João, a Frente será formada por cinco membros, entre favoráveis e contrários a fim de que seja realizado um debate público, com os prós e os contras da prática do esporte no Estado.

“Eu defendo respeitar o bom senso, o direito de cada um, o direito do costume. Os ministros, em Brasília, analisaram papeis. Mas o Brasil é um país grande, que tem que ser discutido pelas suas regiões. A vaquejada hoje é um esporte que gerencia empresas, gera empregos, renda, e acima de tudo desenvolvimento na qualidade dos animais, do trabalho, do emprego, mas se querem discutir maus tratos, vamos discutir, mas proibir é impossível”, disse.

O parlamentar ainda alertou para os maus tratos que a população sofre diariamente em filas de hospitais, sem vagas, sem atendimento e perspectivas de uma saúde plena.

“Os maus tratos que vemos estão nos hospitais. Pessoas tendo que amputar órgãos por não ter vagas nos hospitais, morrem nas filas. A sociedade tem que levantar essa causa. Eu defendo uma discussão, mas não a extinção. Queremos a Frente Parlamentar da Vaquejada para saber porque quem é contrário que acabar com o esporte. Vamos dar espaço ao contraditório”, ressaltou.

Para Gonçalves, boa parte dos ministros do STF desconhece a região Nordeste, sua cultura e seus costumes, por isso julgou sem conhecimento de causa. “É preciso um debate amplo”, defendeu.

Créditos: PB Agora