A semana que passou de intensa efervescência e muitas farpas trocadas na base do Governo na Assembleia Legislativa da Paraíba por causa da proximidade da eleição para a Mesa Diretora.
O motivo do conflito, na verdade, se originou na semana passada quando o deputado Ricardo Barbosa apresentou uma PEC que impediria a reeleição antecipada, como aconteceu no mandato anterior, escolhendo Adriano Galdino para o primeiro biênio e Gervásio Maia para o segundo, que caminha para seu fim.
O texto da PEC, contudo, desagradou setores da bancada governista, mais explicitamente o líder da bancada, Hervázio Bezerra, que deixou a sessão depois de criticar a iniciativa. Mesmo assim, a PEC foi aprovada por maioria.
Na última terça-feira, viria a rebordosa maior: o presidente da Casa, Gervásio Maia, apresentou ao plenário o questionamento feito por alguns parlamentares de que a PEC teria infringido algumas regras regimentais, como o cumprimento de um prazo de cinco dias úteis de sua apresentação até a votação. Ricardo Barbosa, inconformado, sacou duras críticas ao presidente, acostado por alguns integrantes do bloco governista.
O tempo fechou, mas de lá para cá, o silêncio imperou. E assim deve permanecer. Vários deputados procurados pelo Parlamento PB para falar sobre o assunto disseram que não iriam comentar. Deduzo, portanto, que celebrou-se uma espécie de “pacto de silêncio”.
Nesta semana, contudo, os deputados têm dois compromissos importantes. Um deles é na terça-feira participar da audiência da LOA 2019. O outro será uma reunião para aplacar os ânimos e fumar o cachimbo da paz. O nome de Adriano Galdino para presidente no primeiro biênio continua forte. A definição pode sair até sexta.
Não faria sentido neste cenário em que a oposição sequer lança candidato, o bloco do Governo se distrair brincando de fogo amigo.
Fonte: Parlamento PB
Créditos: Parlamento PB