O jornalista Gutemberg Cardoso entrevistou na noite desta quinta-feira(07) o estatístico e analista político do instituto de pesquisa Data Vox, Bruno Agra. Durante a entrevista Bruno falou sobre a legislação que rege as pesquisas eleitorais, e os tipos de pesquisa realizados durante a campanha.
Segundo Bruno a mudança na legislação eleitoral que trata acerca das pesquisas foi muito pouco alterada para a eleição deste ano e que a lei seria muito vaga deixando muitas brechas interpretativas, fazendo com que poucos institutos se arriscassem a divulgarem as pesquisas realizadas. Ele explicou que esse receio em torno da divulgação das pesquisas surgiu na última eleição quando partidos menores passaram a se usarem da divulgação de pesquisas para atacarem outras candidaturas maiores postas, essa estratégia teria gerado muitos processos inclusive porque apenas uma estatística mais recente teria a força suficiente para derrubar as informações de uma pesquisa anterior.
Questionado sobre como reconhecer quais seriam os institutos de pesquisa sérios no estado da Paraíba, ele afirmou que o principal sinal de que o instituto se trata se uma empresa séria seria o fato dela não aparecer unicamente em anos de disputa eleitoral, mas que durante todos os anos seja divulgada pelo menos uma pesquisa por parte do instituto. Ele afirmou que no estado haveriam apenas quatro institutos de pesquisas sérios localizados na cidade de Campina Grande e que apenas três dele seriam voltados a divulgação de pesquisas enquanto o quarto realizaria apenas pesquisas de cunho interno.
Perguntado sobre quais seriam os tipos de pesquisa realizados durante o período eleitoral Bruno esclareceu as diferenças entre pesquisa qualitativa e quantitativa, quais os momentos e os objetivos com que cada uma é realizada durante a campanha. Segundo Bruno a pesquisa qualitativa visaria expressar o pensamento do eleitor de determinado candidato, estas pesquisas seriam feitas com amostras menores e seriam feitas para traçar as estratégias de governo do candidato. Já as pesquisas quantitativas serviriam para fornecer números absolutos sobre a expectativa de votos em torno do nome do candidato.
Segundo ele seria possível para o estatístico através das constantes pesquisas realizadas durante a campanha eleitoral fazer uma previsão de qual é a tendência de voto dos eleitores para períodos futuros. obre as pesquisas de boca de urna ele garantiu que é muito difícil que a pesquisa erre, pois ela seria realizada após o eleitor definir seu voto nas urnas.
Questionado se pesquisas eleitorais poderiam influenciar a opinião popular de um município ele apresentou sua crença de que essa influência seria maior em cidades menores devido a maior dependência da população local em torno da classe política, mas que nos municípios maiores não veria as pesquisas tendo tanto poder de influenciação.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba