Logo após as disputas eleitorais de outubro do ano passado, Prefeitos e Vereadores começaram a articular como ficariam os comandos das Câmaras Municipais no biênio 2025-2026.
Na absoluta maioria das cidades, os grupos da situação conseguem eleger os Presidentes, por possuírem maioria no número de Vereadores eleitos
Mas a política nem sempre é um jogo de cartas marcadas, pois em alguns municípios a oposição tem o controle das Câmaras Municipais, mesmo em lado contrário aos Prefeitos.
Pensando em apresentar esses casos específicos, o Polêmica Paraíba traz uma matéria especial mostrando quais são os Presidentes ligados a oposição, que ditam o rito e o futuro das emendas e projetos que serão primordiais para o futuro dos habitantes.
Edson Guedes – Barra de Santa Rosa: A eleição de Guedes foi uma das mais polêmicas da nossa lista. Reeleito para um 6º mandato de vereador, Édson também se reelegeu Presidente da Câmara Municipal.
O Presidente era aliado do prefeito Neto Nepomuceno e foi eleito junto à base do seu sucessor, Alex Condá. Dos nove parlamentares da Câmara de Barra de Santa Rosa, cinco foram eleitos pela situação e quatro pela oposição.
Mas em uma manobra surpreendente, Guedes se uniu aos Vereadores da oposição e se elegeu Presidente da Câmara, contrariando o grupo de Neto Nepomuceno, que desabafou toda sua frustração, em um discurso na Câmara, dizendo que a atitude Edson não foi apenas uma traição ao grupo e sim a cidade de Barra de Santa Rosa.
Marcelo de Manoelzinho – Alagoa Grande: O Vereador reeleito, Marcelo de Manoelzinho, foi eleito para o biênio 2025-2026, enquanto o Vereador Luiz Lucindo foi eleito para o biênio 2027-2028.
Cristovão Fernandes – Nova Olinda: A situação de Nova Olinda é um completo oposto a de Barra de Santa Rosa. De uma forma um tanto quanto surpreendente, a oposição comanda por Cícero de Arlete conseguiu vencer às eleições, destronando Maria das Graças e o grupo do então Prefeito Diogo Richelli.
Apesar da vitória, o Prefeito eleito acabou ficando com apenas quatro dos nove Vereadores, o que abriu espaço para que a oposição conseguisse eleger Cristovão Pereira, Presidente da Câmara, em seu primeiro mandato de Vereador.
Epitácio Viturino – Santa Rita: A eleição da Mesa Diretora de Santa Rita foi a mais tumultuada da Paraíba. A votação final aconteceu após duas tentativas de eleição. A primeira ocorreu no dia 1º de janeiro, após a posse do prefeito Jackson Alvino, quando oito parlamentares aliados do gestor deixaram a sessão.
Depois na quarta-feira (7), os vereadores se reuniram para uma segunda tentativa de eleição da presidência da Casa, mas novamente os oito manobraram para que a votação não acontecesse.
O grupo fiel a Alvino se amparou em uma mudança no Regimento Interno da Câmara, feita no fim de dezembro do ano passado, que exigia quórum mínimo de 13 presentes para que acontecesse a sessão. Nas duas oportunidades estavam apenas 11 presentes.
Após muita briga, o desembargador José Guedes Cavalcanti Neto, do Tribunal de Justiça da Paraíba, decidiu suspender a alteração feita no Regimento e a eleição finalmente ocorreu na sexta (9), na qual Epitácio Viturino (PP), venceu uma disputa acirrada com Flávio Panta (PP), com placar de 10 votos a 9.
Viturino que conseguiu se eleger com apoio de nomes da oposição, afirmou após o pleito que ainda se mantém na base do Prefeito Jackson e que irá tentar trazer a paz para o ambiente da Câmara.
Alesksandro Pessoa – Conde: O caso do Conde é um tanto quanto curioso, pois a Prefeita Karla Pimentel (PP), conseguiu se reeleger com uma certa tranquilidade.
Mas as articulações para que se fosse decidido quem seria o nome a presidir a Câmara no primeiro biênio, acabaram causando um racha no grupo da Prefeita.
Aleksandro que já foi Chefe de Gabinete de Karla, se colocou como candidato, tendo inclusive o apoio de outros seis Vereadores. Mas a Prefeita tinha outros planos e insistiu no nome de Daniel Júnior, o que desagradou Pessoa que rompeu com Pimentel.
Após muita polêmica e acusações dos dois lados, Aleksandro conseguiu se eleger com a vantagem mínima de 6×5, dando a Karla o desafio de ter um segundo Presidente de Câmara em sequência, como representante da oposição.
Téia do Abacaxi – Pedro Régis: A eleição de Horácio Ferreira da Silva, conhecido como Téia de Abacaxi, foi considerada por muitos, uma traição a Prefeita Michele Ribeiro.
Eleito no grupo da situação, Téia se colocou como candidato após Erijackson Pessoa, abrir mão de sua candidatura à reeleição em prol da unidade do grupo governista.
A ação foi acompanhada pelo apoio de outros membros da base, como Virgínio Ribeiro, Toinho das Cadeiras, e Sarita.
No entanto, Téia e o Vereador Índio, decidiram negociar com a oposição, liderada por Vereadores do União Brasil, o que garantiu a vitória na mesa diretora.
A movimentação gerou uma forte reação negativa da população. Durante e após a eleição da mesa, eleitores indignados se manifestaram nas ruas, gritando palavras como “traidores” e “covardes” em referência aos dois Vereadores.
Romildo Aves – Logradouro: A base do Prefeito Marinaldo Cruz elegeu seis dos nove Vereadores em outubro.
Com uma larga vantagem, inicialmente, os vereadores Daia e Wellington, aliados do prefeito, estavam cotados para assumir a presidência nos próximos biênios.
No entanto, os empresários Nildo Bezerril e Leonardo Dias articularam uma aliança entre a oposição e dois vereadores da base governista.
O resultado foi a eleição de Romildo Alves para o 1º biênio e Vetinha Bezerril, mãe de Nildo, para o 2º biênio, alterando completamente os planos do grupo do Prefeito.
Leandro Vieira – Lagoa de Dentro: A eleição de Lagoa de Dentro foi uma das mais disputadas do Estado.
Em um embate triplo, que englobava o Prefeito, um ex-Prefeito e o ex-Vereador Camaf Douglas, que saiu vitorioso.
Douglas acabou não atingindo a maioria da Câmara, e a articulação realizada pelo então Prefeito Zezinho da Rapadura, conseguiu eleger o ex-Vice-Prefeito Leandro Vieira, como Presidente no primeiro biênio.
Oto Mariano – Caaporã: O caso de Caaporã é muito semelhante ao de Lagoa de Dentro. O oposicionista Chico Nazário, derrotou o grupo comandado pelo Prefeito Kiko Monteiro, mas não conseguiu a maioria na Câmara Municipal.
Monteiro conseguiu articular um grupo chamado de G6, que bateu o Vereador e irmão do Prefeito Chico, na disputa pela Presidência da Câmara, pela vantagem mínima de 6×5.
Quem comandará o primeiro biênio será Oto Mariano e o segundo terá a frente o Vereador Emanuel Bernardo.
Raimundo Filho – São José da Lagoa Tapada: A disputa em São José da Lagoa Tapada englobou tio e sobrinho como os dois atores principais.
O Prefeito Coloral, já em seu quinto mandato como Prefeito, decidiu não apoiar a candidatura do sobrinho e ex-Prefeito Neto de Coraci.
Neto continuou com a sua candidatura e se opôs ao tio e seu candidato Chico Rufino. Em uma eleição que foi considerada uma surpresa para muitos, Coraci venceu o grupo de Coloral.
Mas assim como Camaf Douglas e Chico Nazário, Neto não conseguiu a maior bancada na Câmara e o grupo de oposição, conseguiu eleger Raimundo Filho, o Vereador mais votado do pleito, como Presidente da Câmara.
Genésio Pessoa – Jacaraú: Em uma das disputas mais acirradas do estado, o Vice-Prefeito Márcio Cruz, derrotou o grupo do Prefeito Elias, com pouco menos de 1% dos votos.
O Prefeito eleito conseguiu apenas 3 dos 9 Vereadores, mas tentava eleger um nome da sua base como Presidente da Câmara. Mas o que não se esperava, era que um dos três parlamentares aliados ao Prefeito, mudassem de lado.
O Vereador Genésio decidiu se unir a oposição e se elegeu o Presidente do primeiro biênio, surpreendendo o Prefeito e os habitantes de Jacaraú.
Djá Moura – Mari: A eleição de Djá Moura pegou muitos de surpresa. A Vereador que era da base da Prefeita Lucinha e do ex-Prefeito Antônio Gomes, se uniu a partidos da oposição, como PSB e PP.
A candidatura de Moura, teve como principal adversário o filho do ex-Prefeito Antônio, que era favorito para a disputa. Mas a articulação da Vereadora surtiu efeito e Djá se elegeu com a vantagem mínima de 6×5.
Eliane Artur – Montadas: A oposição comandada por Romero Martins, derrotou o grupo do Prefeito Jonas Souza.
Martins não conseguiu eleger a maior bancada, o Prefeito tentou uma reviravolta com a eleição da Câmara se aproximando, conseguindo angariar o voto do Vereador Helium Silva, que rompeu com o grupo de Jonas.
Mas mesmo com às articulações do Prefeito, a oposição se manteve com a maioria e elegeu os Presidentes dos dois biênios, Eliane Artur e Marcos Justino.
Ivanaldo Dantas – Nova Palmeira: Orlando Pereira venceu a disputa para Prefeito com pouco mais de 51% dos votos, derrotando o grupo do Prefeito Ailton Gomes.
Orlando conseguiu eleger apenas três dos nove Vereadores, o que deu a Ailton uma vantagem primordial para a disputa pela Presidência da Câmara.
Ivanaldo Dantas foi eleito para o primeiro biênio, o que desagradou os habitantes da cidade, que vaiaram o Presidente após a eleição, chegando ao ponto de Galeguinho, como Ivanaldo é conhecido, desistir de fazer o seu discurso perante os outros Vereadores.
Tico França – Paulista: Assim como Nova Palmeira e Montadas, o Prefeito eleito de Paulista. Lucas Pereira, não conseguiu atingir a maioria na Câmara.
O grupo do Prefeito Josmar Lacerda conseguiu eleger 5 dos 9 Vereadores, mantendo sua união até a eleição para Presidente em 1 de Janeiro.
O escolhido para ser o Presidente do primeiro biênio foi o Vereador Francisco Ferreira França, mais conhecido como Tico França.
Fonte: Vitor Azevêdo
Créditos: Polêmica Paraíba
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