Coincidindo com o início do pagamento do auxílio emergencial na pandemia e com a intensificação das viagens de Jair Bolsonaro (sem partido) aos estados do Brasil, a pesquisa da Confederação Nacional do Transporte (CNT), publicada nessa segunda-feira (26/10), mostrou que a aprovação do desempenho pessoal do presidente cresceu 12,8 pontos percentuais entre maio e outubro deste ano, de 39,2% a 52%.
Embora os números sejam satisfatórios desde o início do governo — o menor foi em maio –, eles são inferiores aos do primeiro governo de Dilma e dos dois de Lula, se considerarmos datas semelhantes.
O levantamento foi feito pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, com base na série histórica de pesquisas de opinião do CNT, desde 2003.
No final do segundo ano do primeiro mandato da petista, a avaliação positiva do governo de Dilma chegou a 75,7%. Lula, dois anos depois do início dos governos, conseguiu 65,4% de aprovação em 2004. O ex-presidente Temer aparece bem atrás de todos, chegando a apenas 7% de aprovação pessoal no final de 2018.
A aprovação do governo Jair Bolsonaro e seus representantes também cresceu. Entre maio e outubro deste ano, saltou nove pontos percentuais, de 32% para 41%. A avaliação negativa despencou 16 pontos, passando de 43% para 27%. Já os que consideram a atuação do governo apenas regular subiram de 23% para 30%.
No segundo mandato, o ex-presidente Lula apresentava um valor ainda maior de apoio que o primeiro termo: 80,3%. Em contrapartida, a situação de Dilma era mais complicada após a sua segunda eleição, com a sua aprovação caindo para 33,8%.
O levantamento da CNT divulgado esta semana foi feito em parceria com o Instituto de Pesquisa MDA. Foram realizadas 2.002 entrevistas presenciais, de 21 a 24 de outubro, em 137 municípios de 25 unidades da Federação.
Além da popularidade do mandatário do país, a pesquisa mostrou a percepção dos entrevistados em relação a temas como eleições municipais, vacina contra Covid-19, Operação Lava Jato, retorno presencial de aulas nas escolas e auxílio emergencial. O estudo também avaliou o interesse dos participantes por questões políticas.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: METROPOLES