O governo de Michel Temer pode estar chegando ao fim. O motivo: demitido nesta manhã, o ex-advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, acusa o Palácio do Planalto de tentar sabotar a Lava Jato, em entrevista concedida à revista Veja que circula neste fim de semana.
Osório pretendia ter acesso às investigações contra políticos e também estava decidido a cobrar R$ 23 bilhões das empreiteiras e de seus executivos. No entanto, na noite de ontem, foi alertado por Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, de que suas iniciativas estariam criando sérios problemas para o governo federal.
Osório pediu uma audiência com Temer e não foi atendido. Magoado, decidiu cair atirando.
Depois desta denúncia, o procurador-geral Rodrigo Janot, que acusou a presidente Dilma Rousseff, o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Eduardo Cardozo de tentar obstruir a Justiça por um motivo muito mais fútil, que foi a delação de Delcídio Amaral, terá que fazer o mesmo com Temer.
Em reportagem publicada nesta manhã, 247 advertiu que, ao demitir Osório, Temer livrava-se de um problema, mas poderia ser acusado de obstruir a Justiça (leia aqui).
Depois das acusações de Osório, que reforçam a tese de Romero Jucá (PMDB-RR), de que era necessário derrubar a presidente Dilma Rousseff para “estancar essa sangria”, o governo Temer derrete em praça pública. Até porque praticamente toda a cúpula do PMDB foi delatada pelas maiores empreiteiras do País.
Fonte: Brasil 247