Brasileiros ficaram impactados com os atos que aconteceram em Brasília no último domingo (8), quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram o prédio do Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF), causando dano ao patrimônio público e incitando ideais golpistas.
No início das manifestações, muitas lideranças políticas da Paraíba mais alinhadas com a direita publicaram em suas redes sociais mensagens de apoio aos manifestantes, alguns deles até certo ponto defendendo o que se acontecia em Brasília.
Mas a partir da gravidade do ocorrido, que a cada hora era maior, algumas dessas mesmas figuras chegaram a apagar suas publicações ou até mesmo fechar suas redes sociais, diante da repercussão negativa de suas postagens.
Pensando nisso, o Polêmica Paraíba reuniu os depoimentos de algumas das principais lideranças políticas de direita para saber se eles mudaram de opinião ao longo dos acontecimentos ou se até mesmo apagaram as publicações. Confira:
Cabo Gilberto (PL)
Deputado federal eleito, Cabo Gilberto fez uma publicação em sua conta no Twitter, mas apagou, deixando uma outra escrita minutos depois.
Na primeira mensagem, publicada às 18h49 do domingo, Gilberto disse que “Era previsível a população não aceitar pacificamente”, alegando parcialidade de juízes e que “não existe ato de vandalismo maior que rasgar a Constituição Federal”.
No entanto, em visita ao perfil oficial do parlamentar, essa publicação não existe mais, e sim uma publicada às 18h52, onde afirma que “não defendo depredação do patrimônio público. Respeito todas as manifestações”. Ele disse ainda que “o povo não aguenta mais ser estrangulado por quem deveria ser o guardião da constituição federal”.
Veja:
Eliza Virgínia (PP)
Vereadora de João Pessoa e suplente de deputada federal, Eliza Virgínia classificou o movimento de domingo como protesto. Às 18h22 ela escreveu em seu Twitter que “isso é o resultado de esticar a corda” e que “nem todo mundo aguenta injustiças quieto”, finalizando com “o povo no congresso protestando”.
Leila Fonseca (PL)
Leila Fonseca, professora universitária que disputou o cargo de deputada estadual nas últimas eleições, fez uma série de postagens em seu perfil no Instagram, inicialmente apoiando o movimento que acontecia em Brasília. Quando chegaram as primeiras imagens de vandalismo no local, ela passou a afirmar que quem estava depredando os prédios eram petistas infiltrados.
No entanto, após a repercussão negativa dos atos e até de suas postagens, Leila apagou seu perfil no Instagram.
Nilvan Ferreira (PL)
Candidato a governador da Paraíba no último pleito, Nilvan Ferreira foi outro que fez uma publicação apoiando os atos golpistas, mas depois apagou o que havia escrito para postar palavras mais comedidas.
Inicialmente, durante a tarde Nilvan postou em seu Instagram um vídeo dos manifestantes em Brasília, dizendo que “O povo tem força e não vai aceitar a morte da nossa liberdade”.
No mesmo dia, já pelo turno da noite, ele fez outra postagem, também afirmando que as depredações aconteceram por conta de infiltrados. “Ações de infiltrados com certeza ocorreram. A esquerda quer uma narrativa pra criminalizar a direita. Os protestos são legítimos, mas depredação, nunca!”, escreveu.
Pâmela Bório (PSC)
A ex-primeira-dama da Paraíba Pâmela Bório ganhou destaque da imprensa nacional durante essa semana por ter apoiado e participado dos movimentos em Brasília. Não só isso, ela levou seu filho de 12 anos, fruto do relacionamento com o ex-governador Ricardo Coutinho (PT), para o movimento.
Ela mesmo compartilhou no Instagram afirmando que estava indo “à luta” e mostrou um vídeo do seu filho, que falou que “Vamos tirar o Brasil das mãos dos comunistas tiranos”.
Após a repercussão negativa dos atos e principalmente de levar consigo um menor de idade, Pâmela apagou o seu Instagram.
Sérgio Queiroz (PRTB)
Candidato ao senado da Paraíba pelo PRTB nas últimas eleições, o pastor Sérgio Queiroz se pronunciou no fim da noite de domingo afirmando ser contra os atos de invasão e depredação “por razões jurídicas, éticas e especialmente cristãs”. Ele continuou a mensagem dizendo que “tais atitudes maculam um movimento legítimo e mancham a história do Brasil”.
Wallber Virgolino (PL)
Wallber Virgolino foi mais um que postou em seu Instagram uma mensagem de apoio ao movimento golpista mas que apagou a postagem após a repercussão negativa do seu post. Ele escreveu durante a tarde, com uma foto dos manifestantes, que “Supremo é Deus” e que a ação se tratava do “povo pelo povo”.
Ele apagou essa postagem e não fez outra no seu perfil pessoal.
Wellington Roberto (PL)
O deputado federal paraibano reeleito e presidente estadual do Partido Liberal (PL) na Paraíba, o mesmo partido ao qual o ex-presidente Jair Bolsonaro é filiado se limitou a publicar um vídeo com a fala do presidente nacional da legenda, Valdemar Costa Neto, repudiando os ataques em Brasília.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba