Após protestos, Alckmin suspende plano de reorganização escolar em SP

Desde que foram anunciadas, as mudanças causaram manifestações de estudantes, que ocuparam centenas de escolas no Estado e bloquearam diversas vias da capital paulista

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O governo de São Paulo anunciou no início da tarde desta sexta-feira, 4, a suspensão da reorganização do ensino público estadual. Desde que foram anunciadas, as mudanças causaram protestos de estudantes, que ocuparam centenas de escolas no Estado, e bloquearam diversas vias da capital paulista.

O recuo do governo ocorre após mais um dia de manifestações de alunos nas ruas de São Paulo, em que a Polícia Militar mais uma vez dispersou com bombas os manifestantes. A informação foi adianta pelo jornal SPTV, da Rede Globo.

Estudantes que participaram de manifestação nesta sexta-feira comemoraram, aos prantos, a notícia na Praça da República, região central da capital paulista.

Na manhã desta sexta-feira, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral para dispersar os estudantes que protestavam na Avenida Paulista e na Rua da Consolação contra a reorganização. A manifestação, que começou perto das 7 horas, na Cidade Universitária, no Butantã, subiu a Avenida Rebouças, percorreu um trecho da Paulista, desceu a Consolação e chegou até a Praça da República, sede da Secretaria Estadual da Educação (SEE). Ao longo do protesto, estudantes ouviam palavras e apoio e a polícia, críticas.

A artesã Lindaura Carvalho Teixeira, de 55 anos, trabalha na região da República e disse que apoia o protesto dos estudantes nas ruas. “Eles estão certos. Se não fizerem assim, não vão conseguir nada”. Lindaura criticou ainda a ação policial. “É errado. Um absurdo. Estudante só quer estudar. Não faz mal a ninguém”, afirmou.

Nesta sexta-feira, pesquisa Datafolha, divulgada pelo jornal Folha de S.Paulo, mostrou que o governo Alckmin enfrenta taxa de rejeição histórica.

Estadão