CPI DA COVID

Após Pazuello negar interferência de Bolsonaro na compra da Coronavac, Doria rebate: "Tome Fosfosol para melhorar a memória"

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou, nesta quarta-feira, (19), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca deu ordem para ele desfazer qualquer acordo com o Instituto Butantan, apesar de o presidente já ter declarado publicamente, mais de uma vez, que não compraria a Coronavac.

 

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, afirmou que o Brasil teve dificuldade em formalizar o contrato com a Sinovac, farmacêutica chinesa que desenvolveu a Coronavac, vacina produzida em parceria com Butantan no Brasil. A Coronavac é atualmente a vacina contra Covid-19 mais aplicada no país.

Dimas Covas e o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), comentaram o depoimento do ex-ministro Eduardo Pazuello na CPI da Covid-19, nesta quarta-feira, (19). Pazuello negou interferência do presidente Jair Bolsonaro em relação às negociações com a Sinovac.

“Eu acho que é o Pazuello que tem que responder [perguntas]. Nós tivemos dificuldade na assinatura do contrato. O contrato foi assinado no dia 7 de janeiro deste ano, sendo que a primeira proposta foi em junho do ano passado. É só fazer as contas, e temos aí 6 meses de um contrato que não foi assinado, embora tenha sido proposto no meio do ano passado”, declarou o presidente do Butantan.

“Eu recomendaria ao Eduardo Pazuello que foi ministro da Saúde, que tome Fosfosol para melhorar um pouquinho a a memória. Ele aparentemente está com deficiência de memória”, declarou João Doria, governador de São Paulo.

Fosfosol é um antigo medicamento que fez sucesso nos anos 1950 e 1960, vendido como um elixir para desmemoriados. Hoje se encontra fora de circulação.

CPI da Covid
O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello afirmou, nesta quarta-feira, (19), que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nunca deu ordem para ele desfazer qualquer acordo com o Instituto Butantan, apesar de o presidente já ter declarado publicamente, mais de uma vez, que não compraria a Coronavac.

Pazuello minimizou a fala sobre “um manda e outro obedece”. Segundo o ex-ministro, tratava-se de “um jargão militar para uma discussão na internet”.

“Nunca o presidente da República pediu para eu desfazer qualquer contrato ou qualquer acordo com o Butantan. Nenhuma vez”, declarou Pazuello à CPI da Covid.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Polêmica Paraíba