Interesse de quem?

Após garantir prorrogação, Rodrigo Pacheco diz que recesso do Congresso vai paralisar CPI

Congresso só retoma trabalhos em agosto

Após garantir prorrogação, Rodrigo Pacheco diz que recesso do Congresso vai paralisar CPI

Após afirmar que vai garantir a prorrogação da CPI da Pandemia e dizer que a Constituição não lhe dá outra opção, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), declarou na manhã desta quinta-feira (1º) que a Comissão deve ser suspensa durante o recesso do Congresso Federal, de 18 a 31 de julho. Em entrevista à rádio CBN, Pacheco disse que, durante o período de paralisação, o prazo imposto para os trabalhos da CPI não será aplicado.

Pacheco rebateu a fala de Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, alegando que ele estaria tentando obstruir os trabalhos da Comissão: “[Renan Calheiros] sabe a realidade do Parlamento. Não fui eu que inventei o recesso parlamentar. O recesso parlamentar está previsto na Constituição Federal como uma imposição”, disse. “Para que ele não aconteça, é preciso que haja consonância da Câmara com o Senado em algo excepcional”, completou Pacheco.

O recesso só não seria realizado se a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) não fosse aprovada. Pacheco disse considerar a votação da LDO importante para o Brasil e, por isso, não gostaria que ela fosse atrasada para que os trabalhos da CPI fossem mantidos. Segundo ele, é preciso “seguir a normalidade” do Congresso, mas garantir que “não há qualquer intenção de atrapalhar os trabalhos das CPI’s”. Pacheco declarou que tem dado “toda a colaboração” à CPI e que não tem interferido nos trabalhos.

“Uma paralisação no decorrer do recesso existe desde que o Parlamento existe. Isso se aplica à CPI mas também ao funcionamento do plenário e das comissões. Há temas igualmente importantes analisados no Congresso Federal e que sempre paralisaram no recesso”, avaliou Pacheco. Sobre as suspeitas levantadas pela Comissão, como corrupção na compra de vacinas, Pacheco declarou que são “preocupantes” e “evidentemente muito graves”.

“É evidente que esses fatos precisam ser apurados. Em um momento como esse e em um tema como esse, de saúde, devem ser apurados até as últimas consequências, apontando responsabilidades (…) e impondo condenações àqueles que sejam culpados”, afirmou o presidente da Casa.

Segundo ele, o Governo “passa por um momento de dificuldade” não apenas por conta das investigações da CPI, mas também pelo enfrentamento à pandemia e pela crise econômica decorrente da Covid-19. “Tivemos um número de mortos muito acentuado, tivemos erros sucessivos em relação ao combate à pandemia, como o próprio cronograma de vacinação”, declarou.

Fonte: Poder360
Créditos: Polêmica Paraíba