O prefeito de Lucena, Leo Bandeira, não será afastado do cargo pelo escândalo de vacinação contra covid-19 com doses vencidas na população do município. A decisão foi tomada em sessão ordinária realizada pela Câmara Municipal, com 7 votos por rejeição ao afastamento do gestor como chefe do Executivo municipal. Houve uma abstenção.
O vice-presidente da Câmara, vereador Arnóbio Franco, alegou que o entendimento em comum acordo com os parlamentares é que o afastamento seria um julgamento precipitado, já que o Ministério Público Federal (MPF) ainda não finalizou as investigações e, portanto, não há ainda qualquer responsabilização pelo caso.
“O não afastamento é devido ao já acompanhamento do Ministério Público e dos órgãos competentes que vão, brevemente, dar um parecer e estamos aguardando a decisão deles, que são mais responsáveis e que vão se aprofundar mais nessa área, para que o resultado final seja feito da melhor forma possível e não cometermos um erro nessa situação”, disse.
O autor do pedido de afastamento, vereador Jair das Chagas, não pôde votar. Ele afirmou, em tom de indignação, ao portal que cumpriu seu papel enquanto representante da população do município e que está “com a cabeça tranquila”.
“Eu acho que o papel de um vereador é isso, ouvir a população e não querer tapar o sol com a peneira. Imagine a situação: foram 4 mil pessoas vacinadas indevidamente, com vacina vencida. São mais de 4.500 vacinas vencidas recolhidas. Lucena foi antepenúltima cidade a buscar a vacina quando chegou na Paraíba. E aí, eles fecham os olhos para isso. Isso foi só o estopim”, declarou.
Fonte: Polêmica Paraíba com Click PB
Créditos: Polêmica Paraíba