Ao contrário do que ocorreu quando da primeira denúncia contra Michel Temer, por corrupção passiva, os tucanos prometem apoiar o presidente, durante a votação na Câmara.
No último dia 14, o peemedebista foi acusado, pela Procuradoria-Geral da República (PGR), de organização criminosa e obstrução de justiça. Depois de passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o relatório contra ou a favor da investigação segue para análise dos parlamentares em plenário.
No dia 2 agosto, Temer conseguiu barrar a denúncia, mas o PSDB votou rachado. Foram 21 votos contra o presidente e 22 a favor.
Na ocasião, Temer contou com o apoio do senador Aécio Neves e do prefeito de São Paulo, João Doria. Já a ala ligada ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, e ao presidente interino do partido, Tasso Jereissati, ficou à vontade e não seguiu nenhum tipo de orientação.
Agora, os tucanos garantem que defenderão Temer, segundo fontes ouvidas em Brasília. Para os líderes da legenda, de acordo com informações do blog da Andréia Sadi, no portal G1, a segunda denúncia não tem força suficiente e, por isso, não deve atrapalhar a votação de reformas defendidas pela sigla e consideradas fundamentais.
Além disso, não interessa ao PSDB agravar as “turbulências” políticas, ainda mais em ano pré-eleitoral.
Para agradar à ala tucana que o apoia, Temer tem afastado a possibilidade de demitir Antonio Imbassahy, articulador político do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional.
Partidos do Centrão têm demonstrado clara insatisfação com o ministro e já ameaçaram parar de negociar com o governo, caso o tucano continuasse à frente da pasta. O impasse acaba gerando mais uma preocupação para o Planalto, que também precisa do apoio desse grupo para rejeitar o processo na Câmara.
Fonte: Notícias ao Minuto