A divulgação dos indicadores econômicos do primeiro trimestre deste ano indicou um crescimento econômico aquém do esperado pelo governo e pelo mercado. Para as consultorias econômicas vinculadas ao capital financeiro, que divulgaram notas no decorrer da semana, as incertezas políticas são as causas de uma recuperação mais tímida, argumento questionado neste domingo (15) pelo deputado estadual Anísio Maia (PT).
“Eles querem mais o que? Completamos três anos de ajustes nas contas públicas para atender às demandas do mercado. A partir do golpe, o ajuste virou um arrocho e estamos vivenciando os efeitos colaterais da redução de investimentos públicos, que faz a roda da economia girar provocando estímulos à demanda agregada. Os bancos são únicos que estão ganhando com este modelo, em prejuízo de toda a sociedade” comentou o deputado.
Anísio Maia lembrou que o governo já entregou praticamente tudo o que o mercado pediu e nem mesmo assim a economia conseguiu melhorar: “Além do congelamento de investimentos públicos, tivemos a entrega do Pré-Sal, o desmantelamento de políticas públicas e uma retirada sistemática de direito trabalhistas, sob o pretexto de que geraria mais empregos. Durante o governo Lula, chegamos ao estágio de pleno emprego, sem precisar mexer na legislação trabalhista. O que gera crescimento é o dinheiro circulando.”
Algumas previsões, a exemplo da MB Associados, apostavam para este ano no crescimento de 3,5% do Produto Interno Bruto e agora admite um crescimento mais modesto, na casa dos 3%. Para o Bradesco, o Brasil chegará 2,8% de crescimento em 2018. O banco Santander afirma que espera uma recuperação mais lenta do mercado de trabalho e revisou para cima, de 11,7% para 12%, sua previsão na taxa de desemprego em 2018.
Para Anísio Maia a sociedade precisa travar este debate, não a partir das expectativas do mercado, mas a partir do ponto de vista mundo do trabalho: “O resultado que temos depois de aplicar o receituário do capital financeiro é a diminuição da produção, crescimento do desemprego e queda na receitas públicas, prejudicando a população. O crescimento econômico que o governo almeja é aquele que agrada apenas ao rentismo, o capital especulativo. O crescimento econômico que nos interessa é aquele gera empregos.”
O petista disse que a prisão política do presidente Lula é uma forma de evitar a mudança de rumos na economia: “O golpe não tem nomes para as eleições deste ano. O que fazem jamais passaria pelo crivo das urnas. Eles preferem cancelar as eleições, rasgando a democracia, a deixar Lula livre para disputar, porque ao disputar, vencerá. Mesmo após a prisão, Lula lidera todas as pesquisas. Ele é única alternativa de retomada do crescimento com inclusão social, e com força política para derrotar este projeto antipovo que domina o país”, concluiu.
Fonte: Assessoria
Créditos: Assessoria