Em entrevista ao Arapuan Verdade, da Rádio Arapuan, nesta terça-feira (27), o deputado estadual Anísio Maia (PT) reafirmou que irá disputar a reeleição na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) no próximo ano e rechaçou a ida do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) para a sigla.
Comentando sobre os rumores de que Ricardo Coutinho, e os deputados estaduais Jeová Campos, Estela Bezerra e Cida Ramos, todos do PSB, estariam migrando para o Partido dos Trabalhadores, Anísio disse que nada está decidido e que são apenas “boatos”, afirmando que essa chegada seria prejudicial à sigla.
“É um boato que circula na cidade com muita força, mas da última vez que nós nos reunimos com representantes do diretório nacional do PT e as lideranças do partido na Paraíba, isso não foi veiculado. Do contrário, a grande maioria expressou para a direção nacional do partido que nesse momento, essa adesão não é conveniente para o partido. Em vez de somar, cria problemas”, explicou. “Toda adesão tem que ser bem analisada”, emendou.
Perguntado se o ex-presidente Lula (PT) optasse pelo ingresso dos deputados e também de Coutinho à sigla, Anísio disse que o Partido dos Trabalhadores não é um “partido de cacique, onde uma família diz ‘esse cara vai ser isso'”, mas sim onde prevalece o coletivo. Em sua visão, esses três parlamentares e o próprio Ricardo, caso chegassem, mudariam esse perfil democrático.
“Se as pessoas querem vir para o PT para mudar tudo isso, criar um tumulto, mudar nossa forma de trabalhar… quer vir para ajudar ou para apenas para ocupar uma posição, um espaço, porque onde está não tem êxito? Tudo isso tem que ser esclarecido”, criticou.
Segundo Anísio, pelo menos 80% do PT na Paraíba defende uma aliança com o governador João Azevêdo (Cidadania) para as eleições de 2022, e uma possível chegada de novos integrantes também passaria por demonstrar esse apoio.
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Disputa ao Senado
Perguntado ainda em quem votaria para a única vaga da Paraíba ao Senado Federal, entre os pré-candidatos Aguinaldo Ribeiro (PP), Efraim Filho (DEM) e o próprio Coutinho, Anísio, por exclusão, disse que não votaria em nenhum dos três.
Para justificar a não escolha em Aguinaldo e Efraim, Anísio disse que ambos fazem parte do espectro de direita e integram a base do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Já para Ricardo, a justificativa dada foi pela falta de renovação que Coutinho apresentaria nas urnas. Para Anísio, o candidato deveria representar uma mudança.
“Aguinaldo e Efraim, pelo amor de Deus, tem a menor possibilidade de eu votar. Eu sou petista e essas duas pessoas fazem o jogo de Bolsonaro, são políticos que estão ajudando Bolsonaro a se consolidar no poder”, disse.
“Da parte da esquerda progressista tem que ter renovação, mudança. Não pode ser uma pessoa só sendo candidato toda a vida. Portanto eu iria procurar um outro candidato que representasse uma mudança na representatividade da esquerda na Paraíba, e acho que ele [Ricardo] não é adequado. Tem que dar lugar a outras pessoas para dar uma renovação, mudanças reais”, justificou, citando o nome de Jeová Campos como uma possibilidade.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba
