envolver a comunidade

Anísio Maia alerta que Centro Histórico pode ser a próxima barreira do Cabo Branco

Tombado como patrimônio histórico nacional desde dezembro de 2007, o Centro Histórico de João Pessoa é composto por aproximadamente 700 edificações, além de ruas e praças, inseridas em uma área de 37 hectares, sendo um dos maiores e mais importantes sítios históricos do país. “Em qualquer cidade do mundo, um patrimônio com esta envergadura estaria bem preservado e fazendo parte ativamente da vida cultural e econômica da cidade. Não é o que acontece em João Pessoa, infelizmente”, lamentou o deputado Anísio Maia (PT).

Deputado teme que a falta de ações emergenciais comprometa o patrimônio histórico da capital

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Tombado como patrimônio histórico nacional desde dezembro de 2007, o Centro Histórico de João Pessoa é composto por aproximadamente 700 edificações, além de ruas e praças, inseridas em uma área de 37 hectares, sendo um dos maiores e mais importantes sítios históricos do país. “Em qualquer cidade do mundo, um patrimônio com esta envergadura estaria bem preservado e fazendo parte ativamente da vida cultural e econômica da cidade. Não é o que acontece em João Pessoa, infelizmente”, lamentou o deputado Anísio Maia (PT).

 

O parlamentar lembra ainda que o Centro Histórico da Capital exibe diferentes estilos arquitetônicos em seus casarios coloniais, sobrados, praças e igrejas, retratando momentos distintos da história da Paraíba, o que aumenta sua relevância.

“Será que teremos que esperar o Centro Histórico ruir para que alguma coisa comece a ser feita, a exemplo do que está acontecendo com a barreira do Cabo Branco? O processo de degradação do Centro Histórico de João Pessoa requer de todos nós uma atuação redobrada, haja vista que está se acentuando nos últimos anos.”

 

Envolvimento da Comunidade

 

Para Anísio Maia, qualquer ação voltada ao Centro Histórico precisa envolver a comunidade, especialmente a do Porto do Capim. “O termo revitalização é inadequado porque não precisamos levar vida para o Centro Histórico. Lá tem muita vida. Além do patrimônio material em ruínas, tem uma população inteira que lá reside e que está completamente esquecida pelo poder público. Precisamos de um projeto de requalificação, e que reconheça os focos de resistência que lá existem”.

 

“A requalificação do Centro Histórico precisa ser includente e sustentável. Seus moradores não podem ser despejados do local. Cabe ao poder público melhorar as condições de habitabilidade, mobilidade e convivência. No máximo, precisamos realocar as habitações em situação de risco para áreas próximas, levando em conta a subsistência e o sentimento de pertença das pessoas”, explicou.

 

Especulação Imobiliária

 

Anísio Maia afirma que as atividades culturais e econômicas são vitais para o Centro Histórico que teve seu processo de abandono iniciadas com as empresas e os proprietários dos imóveis tombados, passaram a emigrar para outras áreas da cidade mais atraentes e lucrativas.

 

“Enquanto a cidade não tiver forças para enfrentar a especulação imobiliária não conseguirá se democratizar plenamente, nem planejar seu futuro. A mesma especulação que assedia nossos recursos naturais deixa o nosso patrimônio histórico cair aos pedaços para lucrar com a venda do terreno e até mesmo usá-lo como estacionamento”, afirmou.

 

Plano Emergencial

 

Anísio Maia destaque a função social da propriedade é um dos princípios que regem nossa ordem econômica e que, portanto, não caberá apenas ao poder público a solução para os problemas elencados. “Toda sociedade precisa se mobilizar, inclusive os proprietários dos casarões abandonados. Estou estudando o assunto durante o recesso parlamentar e ouvindo alguns especialistas. No retorno dos trabalhos legislativos, tomarei sugerir  com os órgãos competentes a elaboração de um plano emergencial, que seja exeqüível, com início, meio e fim, que coloque na agenda da sociedade a importância do nosso Centro Histórico”, concluiu.

Fonte: assessoria
Créditos: assessoria