O deputado estadual Gilberto Silva (PSL), aliado de Jair Bolsonaro (sem partido), classificou como ‘inconstitucional’ e ‘atentado à democracia’ o inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga a produção e o compartilhamento de notícias falsas sobre integrantes da corte. Nesta quarta-feira (27), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em diversos endereços de aliados do presidente da República.
Embora a Paraíba não tenha sido alvo da decisão do ministro Alexandre de Morais, que autorizou as diligências, a decisão que autorizou a operação da Polícia Federal cita o estado como sede de uma suposta filial do ‘gabinete do ódio’ para a propagação de informações falsas no país. A peça não traz nenhum detalhe de como funcionaria este ‘gabinete’.
“Vícios de origem, aberto pelo próprio STF sem a provocação de outros órgãos, não houve sorteio entre todos os ministros, o escolhido, Sr Morais tirou do AR reportagens na revista Crusoé e o Antagonista! Um atentado à democracia de fato”, escreveu o deputado Cabo Gilberto Silva no Twitter. (Leia abaix0)
https://twitter.com/cabogilberto/status/1265711172696883201
No inquérito, que também busca verificar a existência de esquemas de financiamento e divulgação em massa nas redes sociais, quem cita a Paraíba é uma das testemunhas designadas pelo STF, o deputado federal e presidente do PSL no Ceará, Heitor Freire. Dentre esses ataques coordenados, o depoente salienta a postagem quase simultânea em diversas páginas do Facebook de um vídeo ofensivo ao Supremo Tribunal Federal, comparando-o a uma hiena que deveria ser fustigada por leões.
Conforme o documento produzido pelo STF, as provas colhidas e os laudos técnicos apresentados no inquérito apontaram para a existência de uma associação criminosa dedicada à disseminação de notícias falsas, ataques ofensivos a diversas pessoas, às autoridades e às instituições, dentre elas o Supremo Tribunal Federal, com flagrante conteúdo de ódio, subversão da ordem e incentivo à quebra da normalidade institucional e democrática.
A investigação é criticada por ser tocada ‘de ofício’ pelo STF, sem a presença do Ministério Público Federal (MPF).
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba