Um dos principais articuladores da campanha de Arthur Lira para presidência da Câmara, o deputado Wellington Roberto reforçou que Lira “tinha as melhores propostas”, após a confirmação da eleição. Em entrevista à reportagem do Polêmica Paraíba, o presidente estadual do PL comentou também o processo para convencer a bancada paraibana a votar em Lira.
“O processo foi normal, submetemos os dois nomes e no nosso entendimento o melhor nome é o que a maioria escolheu. Arthur tem experiência e pelo tempo de convivência que eu tenho com ele é quem tinha as melhores propostas e mostrou lealdade em todas as negociações discutindo temas relevantes”, disse Wellington Roberto.
“Essa foi a mais forte justificativa que nós levamos para angariar os votos que faltavam”, completou.
As negociações de W. Roberto tiveram êxito, já que maioria dos deputados paraibanos votaram no candidato do PP, segundo apuração do Polêmica Paraíba.
Primeira decisão de Lira: “Agiu de forma justa”
O deputado comentou ainda a primeira decisão de Lira no comando da Câmara. Para ele, o novo presidente foi justo, levando em consideração a condição do regimento da Casa: “Maia extrapolou, achando que a decisão era pessoal. Tinha um prazo determinado de meio-dia para registro, dentro de bloco posto lá. E o PT, infringindo o regimento não acatou”.
Durante à tarde, antes de começar o processo da eleição, o grupo de Lira ameaçou judicializar o processo de registro dos blocos, mas desistiu. Segundo W. Roberto, a decisão se deu para não atrapalhar o andamento da eleição: “Mesmo embasado com documentação, mostrando que tínhamos razão, acatamos a decisão, para não atrapalhar uma campanha vitoriosa”, revelou.
Questionado sobre se a decisão de Lira não pode prejudicar, logo de cara, o relacionamento com os demais partidos na Casa, visto que o discurso bateu na tecla “Câmara do Nós, não do eu”, em críticas à Maia, W. Roberto afirmou que a decisão de Lira vai de acordo com seu posicionamento na campanha:
“O pleito com o novo presidente vai reparar um dano feito de forma injusta. O próprio regimento será cumprido para amparar a todos e reparar injustiças. A proporcionalidade não foi atendida pelo ex-presidente Rodrigo Maia. Então com a “Câmara do Nós”, ele tem que ser justo e tomar determinadas posições justas”.
Vale ressaltar que a composição dos blocos partidários define os demais integrantes da Mesa Diretora, por conta da proporcionalidade. Na visão do presidente do PL, a decisão de Maia (de aceitar o registro 6 minutos após o prazo) não foi justa, pois daria ao bloco de Baleia Rossi cargos na Mesa, conquistados de forma arbitrária.
Wellington criticou a posição de Maia à frente da presidência: “Sempre quis predominar a questão do eu. Infringiu o regimento, amparou o bloco dele, em detrimento de outros. E Arthur agiu de forma justa e sábia, mostrando que vai realizar uma nova dança de cadeiras, repara e dar a quem realmente merece”.
Unanimidade no partido pela vice-presidência
Apesar do processo ainda se alongar, com a decisão do bloco de Baleia Rossi de levar o caso ao STF, alguns cargos na Mesa Diretora devem permanecer. A primeira vice-presidência ficou com o PL, partido de W. Roberto. O nome indicado será o do deputado Marcelo Ramos (PL-AM).
O deputado paraibano confirmou a indicação e afirmou que o nome de Ramos é “unanimidade” no partido.
Fonte: Samuel de Brito
Créditos: Samuel de Brito/Polêmica Paraíba