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Advogado paraibano diz que 'a política está em estado de putrefação'

Os advogados João Ramalho, Pedro Adelson e o marqueteiro Allan Kardec debateram os temas da atualidade, principalmente o escândalo envolvendo a delação contra o presidente Michel Temer (PMDB). Em discussão no programa Master News, da TV Master, na noite desta sexta-feira, 26, os convidados falaram sobre aspectos legais e políticos da situação de Michel Temer.

“Nós não podemos nem fazer prognóstico no Brasil, diante do momento que estamos vivendo, os valores legais e éticos estão afrouxados, há coisas que o obrigariam a sair, outras não, em determinado momento o ideal seria julgar procedente condenar os dois, mas no atual momento não se sabe se vale a pena mudar de presidente, fazer eleições indireta, num momento de crise severissíma e a justiça também vive um momento de crise”, disse Adelson.

Ele seguiu dizendo que o correto seria a saída de Temer e a realização de eleições indiretas e resolver o problema, mesmo sabendo que a situação do Brasil é muito difícil, mas reafirmou que as articulações apontam para outra direção.

Sobre a convocação do Exército para a manifestação popular na Esplanada dos Ministérios, Pedro Adelson discordou da reunião de dezenas de milhares de pessoas para protestar contra o parlamento, ele disse que não considera válida a manifestação e relatou que muitas pessoas foram armadas para o local, questionando qual seria a motivação dessas pessoas.

João Ramalho afirma que o povo não estava armado, “quem usava bombas e armas de fogo eram os policiais, se o presidente queria garantir a tranquilidade, deveria ter convocado o Exército antes, naquele momento, o presidente queria que houvesse quebradeira mesmo, para que houvesse repressão”, opinou.

Questionados sobre a postura do Poder Judiciário, os advogados concordam que deveria haver mais controle por parte dos representantes do poder, “acho que tantos ministros concedendo entrevistas só tem no Brasil, os juízes querem ser popstar e acabam retirando a seriedade que as cortes deveriam ter, não tenho muita fé no Judiciário nem no Parlamento e fico me questionando que tipo de presidente será nomeado a partir desse povo”, disse, Kardec.

Adelson disse que “a Constituição tem que ser respeitada, parlamento ruim ou bom é quem tem a capacidade de decidir a situação, como a que temos agora”. Ramalho foi mais radical e disse que “a política está em estado de putrefação, a única solução é o voto direto, se não houver mudanças significativas neste ano, precisamos nos preparar para fazer uma assepsia na política podre que temos no Brasil”.

Alan Kardec disse que os eleitores precisam prestar muita atenção ao voto, no próximo ano, “as pessoas precisam ter muito mais cuidado na hora de votar para deputado federal, porque mexe com o Congresso e muitas pessoas não dão atenção”, finalizou.
Créditos: Polêmica Paraíba