As adolescentes venezuelanas acusadas por Jair Bolsonaro (PL) de estarem “fazendo programa” na periferia de Brasília e as mães delas se recusaram a gravar um vídeo dizendo que foi apenas um “mal-entendido” do presidente em reunião nesta segunda-feira (17) com a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, e a senadora eleita, Damares Alves (Republicanos-DF).
Segundo reportagem de Julia Linder, no site do Estadão, integrantes da campanha de Bolsonaro pressionavam para que as venezuelanas gravassem um vídeo, sozinhas, dizendo que o “mal-entendido” havia sido esclarecido. No entanto, elas teriam se recusado com medo da repercussão.
Além disso, elas teriam pedido uma retratação pública de Bolsonaro por medo da “repercussão das falas” do presidente – o que foi negado por Damares.
Dessa forma, Bolsonaro gravou o desagravo usando as figuras de Michelle e de María Teresa Belandria, representante do autoproclamado presidente venezuelano Juan Guaidó, que não é reconhecida como embaixadora pelo governo de fato da Venezuela, presidida por Nicolás Maduro.
“Se minhas palavras, que, por má-fé, foram tiradas de contexto, foram, de alguma forma, mal entendidas ou provocaram algum constrangimento a nossas irmãs venezuelanas, peço desculpas. Já que meu compromisso sempre foi o de melhor acolher e atender a todos que fogem de ditaduras pelo mundo”, diz Bolsonaro no vídeo.
A campanha vê uma fuga de votos, principalmente entre mulheres, após a divulgação do vídeo em que Bolsonaro diz que “pintou um clima” com as adolescentes, com idade entre 14 e 15 anos.
Fonte: Revista Fórum
Créditos: Polêmica Paraíba