Julian Lemos, Joice Hasselman e Carlos Alberto Santos Cruz, esses são só alguns dos nomes que antes eram grandes apoiadores e foram “cabo eleitoral” do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018, e agora criticam seu governo e ainda anunciaram apoio a candidatura presidencial de Sérgio Moro, o ex-juiz e também ex-ministro do governo Bolsonaro.
“Se for para ir com Moro, vamos com Moro. As duas opções que estão postas (Lula x Bolsonaro) não me agradam”, foi o que declarou em uma entrevista o deputado federal paraibano Julian Lemos (PSL) sobre as eleições presidenciais em 2022.
Joice Hasselman esteve no evento de filiação de Moro ao Podemos, assim como os ex-bolsonaristas general Santos Cruz e os deputados Luis Miranda e Kim Kataguiri. Além dos deputados federais Julian Lemos (PSL-PB), Luis Miranda (DEM-DF), Júnior Bozella (PSL-SP), Professora Dayane Pimentel (PSL-BA) e os deputados do Novo Marcel van Hattem, Adriana Ventura e Alexis Fonteyne, apoiadores de ações e declarações de Bolsonaro. Joice fez campanha para o ex-juiz se candidatar e chegou a declarar que Moro era “o nome do seu coração”.
Aliado de primeira hora, desde a eleição de 2018, Ratinho Júnior, governador do Paraná, dá sinais, às vésperas do ano eleitoral, de que pode romper com o bolsonarismo e apoiar Moro, a depender das alianças nacionais do PSD. O paranaense mantém conversas com o Podemos, dentro da estratégia de lançar a candidatura de Álvaro Dias (Podemos) ao Senado com o seu apoio.
Ex-ministro da Secretaria de Governo de Bolsonaro, o general Carlos Alberto Santos Cruz já aderiu a Moro e atua para aproximar outros militares do ex-juiz. Outro ex-ministro do presidente, Luiz Henrique Mandetta (Saúde) também é apontado como possível apoiador de Moro.
Eleita na onda bolsonarista pelo PSL, Dayane Pimentel rompeu com Bolsonaro por não concordar com a articulação do presidente de indicar o filho Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para assumir a liderança do PSL na Câmara. Ela diz que não se arrepende de ter apoiado o mandatário, mas que são notórias as diferenças entre os dois.
Moro também foi citado publicamente de modo positivo por dois senadores, Eduardo Girão (CE) e Marcos do Val (ES). Ambos foram defensores do governo na CPI da Covid e, agora, se aproximam do ex-juiz.
“(Moro) ressaltou a necessidade de diálogo para unir o país, a importância de enfrentar a corrupção, o retorno da prisão em 2ª instância, o fim da reeleição e do foro privilegiado”, postou Girão sobre o discurso de Moro na cerimônia de filiação ao Podemos.
Luciano Hang não é político, mas se projetou nacionalmente por ser um dos maiores aliados do presidente Jair Bolsonaro. O empresário agora já faz críticas ao chefe do executivo, mas quando questionado pelo Portal Metrópoles se vai apoiar a reeleição do presidente, Hang disse que “prefere ficar em cima do muro”, pelo menos por enquanto.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba