Le Monde conta história de uma grávida que interrompeu a gestação em uma clínica clandestina de São Paulo após ter seu feto diagnosticado com microcefalia
Na última semana, o periódico levantou uma nova questão acerca do mesmo problema. Contou a história de Silvia, uma mulher de São Paulo, grávida, diagnosticada com zika. Ela interrompeu a gravidez em uma clínica clandestina porque ele tinha grandes chances de nascer com microcefalia. Ela preferiu “se tornar uma criminosa aos olhos da lei brasileira” a seguir com uma gestação já condenada pelos médicos.
O Le Monde pondera que o aborto é legal no Brasil em algumas situações, como anencefalia. Mas, “aos olhos da lei, a microcefalia – que pode causar distúrbios graves – não justifica o aborto”. De acordo com a matéria, a gravidade da doença deveria fazer o Brasil repensar suas leis. Na França, o aborto é legal há mais de quarenta anos.
A Europa também teme o zika. Em Portugal, já são quatro casos – todos de pessoas recém-chegadas do Brasil. Na Espanha e no Reino Unido, os contaminados também fizeram viagens recentes à América do Sul – Colômbia e Suriname estão igualmente sob alerta por causa da grande quantidade de pessoas com zika.
Em Nova York, são três pessoas com o vírus – pelo menos uma saiu do país e retornou com a doença.
VEJA